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Oriente Médio

Turquia e Egito dão apoio total a Estado palestino, diz Erdogan

13 set 2011 - 13h48
(atualizado às 14h13)
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O primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, manifestou nesta terça-feira o apoio total de seu país e do Egito aos esforços palestinos para conseguir, da ONU, o reconhecimento de um Estado próprio.

"Ao Egito e à Turquia interessa o que acontece no Oriente Médio, não podemos ignorar o que ocorre nesta região. A causa palestina é uma ferida sangrenta. Damos total respaldo aos esforços dos palestinos para anunciar seu Estado e pedir sua pertinência à ONU", disse Erdogan em entrevista coletiva no Cairo.

O premiê turco também aproveitou a ocasião para fazer uma advertência a Israel. "Não ficaremos silenciosos frente ao processo de obstaculização da estabilidade no Oriente Médio", afirmou Erdogan, que esteve acompanhado do primeiro-ministro do Egito, Essam Sharaf, na coletiva.

Os palestinos pedirão nos próximos dias ao Conselho de Segurança da ONU a admissão da Palestina como Estado membro de pleno direito com as fronteiras anteriores à Guerra dos Seis Dias, de 1967, proposta que conta com a oposição de Israel.

Em pronunciamento de tom fortemente crítico ao governo israelense, Erdogan lembrou pela segunda vez nesta terça-feira - a primeira foi em discurso na Liga Árabe - o ataque de Israel à flotilha que seguia rumo à faixa de Gaza em 2010.

"Israel agrediu nove cidadãos turcos em águas internacionais e há pouco tempo também agrediu cinco cidadãos egípcios. Israel não conhece o significado da palavra paz", queixou-se o chefe de governo turco.

As relações entre Israel e Turquia, que eram aliados estratégicos, caíram drasticamente há uma semana, após o vazamento de um relatório elaborado por uma comissão da ONU sobre o ataque israelense à flotilha.

O documento considerou legal o bloqueio marítimo a Gaza - mas desproporcional o uso excessivo de força por parte de Israel -, o que levou Ancara a retirar seu embaixador e a suspender as relações militares. A Turquia exige ainda um pedido de desculpas pela morte dos nove cidadãos turcos no ataque.

Quanto às relações bilaterais com o Egito, Erdogan, que chegou ontem à noite ao país norte-africano, anunciou ter assinado vários acordos com as autoridades egípcias.

Atualmente, "as trocas comerciais são de US$ 3 bilhões, e muito em breve chegarão a US$ 5 bilhões", revelou Erdogan, que viajou ao Egito acompanhado por uma delegação de 180 empresários turcos. Por sua vez, Sharaf ressaltou na mesma entrevista coletiva que "Egito e Turquia apoiam uma paz justa e respeitam os direitos humanos".

"Estamos comprometidos com a preservação desses princípios", acrescentou. Antes da entrevista coletiva, Erdogan se reuniu com o chefe da junta militar que governa o Egito, Hussein Tantawi, e com o próprio Sharaf.

Segundo a agência de notícias estatal Mena, no encontro com Tantawi foram analisadas fórmulas para estimular os laços bilaterais e reforçar a cooperação nas áreas econômica, política, e em matéria de investimentos, além da troca de opiniões sobre eventos regionais.

Ainda de acordo com a agência, o primeiro-ministro turco deverá se encontrar ainda nesta terça com o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, para analisar a situação no Oriente Médio e a causa palestina.

EFE   
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