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Oriente Médio

Síria: Unicef pede que mulheres e crianças sejam poupados

3 ago 2013 - 11h16
(atualizado às 11h35)
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O Unicef alertou neste sábado para o destino de mulheres e crianças em Homs, no centro da Síria, exortando rebeldes e forças do regime a permitir que o fundo tenha acesso aos cerca de 400 mil civis bloqueados na cidade.

"A situação das mulheres e das crianças na cidade síria de Homs se deteriora rapidamente", indicou o Unicef em um comunicado, acrescentando que "novas barreiras impedem a entrada de abastecimento" ao bairro de Waer, no oeste de Homs.

"Aqueles que estão envolvidos (nos combates) não conseguem reconhecer que as mulheres e as crianças em Homs, e em toda a Síria, devem ser poupadas de todo sofrimento?", declarou Anthony Lake, diretor geral do Unicef.

Cerca de 400.000 pessoas que fugiram de outros setores da cidade se refugiaram no bairro de Waer e vivem "em edifícios em construção, escolas e prédios públicos", indicou Lake. Ele pediu "que todas as partes permitam que as famílias atualmente presas em Waer e desejam sair possam fazê-lo com toda segurança".

A situação nesse populoso bairro da periferia "piorou, e informações indicam combates diários intensos, com disparos de foguetes e de morteiros que deixaram inúmeras vítimas", acrescentou.

"Ainda há água e energia elétrica, mas legumes, leite e outros alimentos essenciais estão disponíveis em quantidades muito reduzidas. Nosso próprio abastecimento de urgência acabará dentro de alguns dias", indicou o Unicef que assegura, junto com outras organizações, um fornecimento de produtos básicos e o acesso à água potável.

Homs, terceira maior cidade do país, é assolada pelos combates mais violentos na região desde o início da guerra civil entre regime e rebeldes desencadeada por uma revolta popular duramente reprimida pelo governo, em março de 2011.

A tomada do importante bairro de Khaldiyé pelas forças de Bashar al-Assad, no início da semana, deixou o regime em vantagem. Com isso, as forças do governo partiram para uma ofensiva que tenta eliminar os últimos bolsões rebeldes, principalmente no centro histórico de Homs.

Mais de 100 mil pessoas morreram no conflito, enquanto milhões de civis, em grande maioria mulheres e crianças, fugiram dos combates, de acordo com a ONU.

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