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Oriente Médio

Rússia diz que Síria está aberta a negociação e faz alerta contra ataque

9 set 2013 - 06h10
(atualizado às 08h01)
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O ministro russo Lavrov (dir.) mostra o caminho para o colega sírio durante encontro em Moscou
O ministro russo Lavrov (dir.) mostra o caminho para o colega sírio durante encontro em Moscou
Foto: Reuters

A Síria está aberta a negociações de paz e um eventual ataque ocidental contra Damasco desencadearia uma "explosão do terrorismo" na região, além de uma nova onda de refugiados, afirmou o chanceler russo Serguei Lavrov após uma reunião com o colega sírio Walid al-Mualem. 

"A possibilidade de uma solução política segue de pé", disse Lavrov após o encontro em Moscou. Ele disse que, segundo o chanceler sírio, o regime de Damasco continua "aberto a negociações de paz".

"Estamos efetivamente dispostos a participar em um encontro em Genebra sem condições prévias", disse Mualem, em referência ao projeto de uma nova conferência internacional de paz proposto em maio por Rússia e Estados Unidos, mas que não foi concretizado por causa das tensões entre os dois países.

"Estamos dispostos ao diálogo com todas as forças políticas sírias que desejam o restabelecimento da paz em nosso país", completou. Mualem, no entanto, disse que a posição mudaria em caso de ataque.

Lavrov advertiu para o risco de uma "explosão do terrorismo" no Oriente Médio, que segundo ele seria provocada após um ataque ocidental à Síria. "Cada vez mais políticos e autoridades governamentais compartilham nossa opção de que um cenário de uso da força levaria a uma explosão do terrorismo na Síria e nos países vizinhos, e a um importante fluxo de refugiados", disse Lavrov.

Antes da reunião, Mualem disse que transmitiu uma mensagem de agradecimento do presidente sírio ao colega russo Vladimir Putin por seu respaldo à Síria. "Assad me encarregou de agradecer a Putin por sua posição sobre a Síria", disse Mualem.

A reunião de Moscou aconteceu no dia em que o presidente americano Barack Obama tentará convencer os congressistas americanos sobre a necessidade de uma intervenção militar para punir o regime de Assad, após o suposto uso de armas químicas em 21 de agosto na região de Damasco.

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