O secretário de Estado americano, John Kerry, afirmou nesta segunda-feira em Londres que está nas mãos do presidente sírio, Bashar al-Assad, a alternativa para evitar um ataque militar americano ao seu país.
Perguntado por um repórter se havia alguma coisa que o governo de Assad poderia fazer ou oferecer para evitar um ataque, Kerry disse: "Claro, ele poderia entregar cada uma de suas armas químicas à comunidade internacional na próxima semana". "Entregar tudo, sem demora, e permitir a contabilidade completa e total (das armas), mas não parece que ele fará isso", acrescentou Kerry.
Apesar de estar pedindo apoio a aliados para um ataque, o americano afirmou que a solução para o conflito na Síria é política e diplomática, não militar. "O fim do conflito na Síria exige uma solução política. Não há solução militar, não temos ilusões sobre isto", disse Kerry em uma entrevista coletiva ao lado do chefe da diplomacia britânica, William Hague. "Estados Unidos, o presidente (Barack) Obama, eu mesmo e outros concordamos neste ponto", completou Kerry.
Apesar da opinião, Kerry defendeu uma resposta ao regime de Bashar al-Assad pelo suposto ataque com armas químicas contra civis em 21 de agosto perto de Damasco. "O que vamos fazer? Dar as costas? Observar um minuto de silêncio?", questionou. "O risco de não agir é maior que o de agir", completou Kerry, negando que o caso da Síria tenha semelhança com o Iraque em 2003.
Estados Unidos, Grã-Bretanha e outros aliados invadiram o Iraque em 2003 com a alegação de que o regime de Saddam Hussein tinha armas de destruição em massa, mas estas nunca foram encontradas. Agora, o Parlamento britânico se pronunciou contra um ataque à Síria e Hague ofereceu "pleno apoio diplomático" a Kerry.
Os membros das Forças Armadas dos Estados Unidos estão usando as redes sociais para expressar suas opiniões sobre a decisão do presidente Barack Obama de promover um ataque à Síria em retaliação ao suposto uso de armas químicas pelo regime de Bashar al-Assad
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Ao que tudo indica, a onda de manifestações virtuais começou em 31 de agosto com uma foto de um oficial da Marinha segurando uma folha de papel criticando uma possível ação na Síria
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A postagem foi compartilhada por mais de 20 mil pessoas no último fim de semana e gerou uma onda de ações similares
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Outro cartaz de protesto reclama da ideia americana de se envolver em um conflito de outro país e pede que os EUA fiquem fora da Síria
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Entre os manifestantes virtuais, há homens vestidos com uniformes que parecem ser da Marinha, do Exército e da Força Aérea americana
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Outras imagens de homens fardados com os uniformes das Forças Armadas norte-americanas com a mesma frase ou similares apareceram no Facebook
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Reações favoráveis a uma ação militar na Síria e contra os soldados "dissidentes" também surgiram. "Deixem de ser babacas e sirvam sua nação como um guerreiro", diz um desses cartazes
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Entre os comentários, alguns questionam se os manifestantes são mesmo soldados
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Os soldados "dissidentes" podem ser punidos caso suas identidades sejam reveladas, de acordo com o juramento e com o código militar das Forças Armadas
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Com informações das agências AFP e Reuters
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