Dennis McDonough, chefe de gabinete do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou neste domingo que o governante não tem "o desejo, nem a intenção" de usar sua autoridade para uma intervenção militar na Síria sem conseguir antes o respaldo prévio do Congresso americano.
"O presidente tem autoridade para agir, mas não é seu desejo nem sua intenção utilizar essa autoridade sem o respaldo do Congresso", afirmou McDonough em entrevista concedida à rede de televisão Fox News.
Mais tarde, McDonough admitiu que a Síria poderá implicar o risco de o país ser arrastado para o meio de uma guerra civil e de sofrer represálias. "Os riscos em um ataque são múltiplos", reconheceu Denis McDonough à rede CNN, acrescentando que o país pode "ver-se arrastado para o meio de uma guerra civil em curso".
"Temos de ter muito cuidado, ser precisos em nossos alvos, limitados e nossa participação para justamente não nos vermos arrastado para a guerra civil", acrescentou, ao reiterar o carácter limitado da ofensiva prevista. "Isso não é o Iraque ou o Afeganistão, não é a Líbia".
Embora tenha confirmado que não haverá soldados em terra, não quis falar sobre uma possível mobilização de pilotos da Força Aérea. "Também há, é evidente, um risco de reação e de represálias contra nossos amigos. Nós nos preparamos para esta eventualidade e estamos prontos preparados", acrescentou.
Após solicitar dias atrás a autorização ao Congresso, Obama e altos funcionários da Casa Branca redobraram sua pressão sobre os legisladores para tentar conseguir seu apoio a uma intervenção "limitada" na Síria em resposta ao suposto uso de armas químicas por parte de Damasco no dia 21 de agosto.
O chefe de gabinete presidencial insistiu que ninguém está "rejeitando ou duvidando" das provas que os serviços de inteligência dos Estados Unidos apresentaram sobre esse suposto uso de armas químicas. Por isso, a disjuntiva é agora se deve haver "consequências" para o regime de Bashar al-Assad. Além disso, McDonough afirmou que a intervenção na Síria é uma oportunidade para enviar uma mensagem ao Irã sobre suas intenções de desenvolver seu programa nuclear.
Diante das evidências que aponta para o uso de armas químicas pelo regime sírio na guerra civil do país, a comunidade internacional costura a possibilidade de uma intervenção militar para "punir" o governo de Bashar al-Assad. Apesar de teoricamente uma intervenção precisar de apoio do Conselho de Segurança da ONU, algumas fontes aponta que o início de um ataque militar é iminente. Esta eventual ação seria liderada pelos Estados Unidos e reuniria vários países ocidentais, como a França e a Grã-Bretanha, com o apoio de países da região, como a Turquia. Conheça parte do arsenal bélico e das instações desta coalizão para um eventual ataque. Na imagem, o destróier americano USS Gravely, na costa da Grécia, em junho de 2013
Foto: AFP
Avião americano F-16 decolando de base aérea em Azraq, na Jordânia
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Tanques israelenses nas Colinas de Golã, próximo à fronteira com a Síria
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Aviões americanos F-15 Eagles
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Avião americano F-16CJ na base aérea de Incirlik, na Turquia
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Soldados americanos descarregam mísseis AIM-9 Sidewinder na base aérea de Incirlik
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Bombas MK-82 na base aérea americana de Incirlik, na Turquia
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Sistema de defesa Patriot em Kahramanmaras, na Turquia
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Porta-aviões americano USS Harry S. Truman e o navio-tanque USNS Leroy Grumman, no Mar Mediterrâneo
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Helicóptero Apache da Real Força Aérea britânica
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Avião AV-8B Harrier decola do porta-aviões USS Kearsarge, no Mar Mediterrâneo
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Aviões bombardeiros Tornado da Real Força Aérea britânica
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Base aérea britânica em Limassol, no Chipre
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Destróier americano USS Mahan
Foto: EFE
Porta-aviões americano USS Harry S. Truman e o navio de guerra USS Gettysburg
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Destróier USS Ramage
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Destróier americano USS Barry, no Mar Mediterrâneo
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Porta-aviões nuclear francês Charles de Gaulle
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Míssil Tomahawk disparado do destróier USS Barry
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Bateria de defesa israelense Domo de Ferro, em Haifa
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Com informações das agências EFE e AFP
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