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Oriente Médio

Oposição síria diz que comunidade internacional é cúmplice de massacre

George Sabra, um dos dirigentes da oposição síria, diz que 1.300 morreram no ataque com armas químicas na periferia de Damasco; governo nega

21 ago 2013 - 10h16
(atualizado às 12h46)
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A oposição síria acusou a comunidade internacional de ser cúmplice, por seu silêncio, do ataque com armas químicas realizado pelo regime sírio na periferia de Damasco, e que teria causado a morte de mais de 1.300 pessoas. O dirigente da oposição síria George Sabra afirmou que essa chacina é um golpe de misericórdia nas esperanças de achar uma solução política para o conflito.

"O que nos mata e mata nossas crianças não é apenas o regime. A indecisão americana nos mata. O silêncio de nossos amigos nos mata. O abandono da comunidade internacional nos mata, a indiferença dos árabes e muçulmanos, a hipocrisia do mundo que se acredita livre nos mata", declarou, em uma coletiva de imprensa em Istambul. 

"O regime tripudia da ONU e das grandes potências quando ataca perto de Damasco com armas químicas, no momento em que a comissão de investigação internacional se encontra a poucos passos de distância", acrescentou. "Onde está a comunidade internacional. Onde está a honra?", insistiu.

"Todo discurso sobre a conferência de Genebra 2 e as propostas políticas são nulas com o prosseguimento desses massacres. O que tem acontecido destroi qualquer esforço político pacífico e torna absurdo todo discurso a este respeito", acrescentou. Sabra fez referência à conferência de paz internacional sobre a Síria - Genebra 2 - planejada por Moscou e Washington, mas cuja organização se arrasta há meses.

Regime nega ataque

O comando geral do Exército da Síria disse que as acusações são "categoricamente falsas" e fruto da propaganda da oposição. "Todas as alegações sobre o uso de armas químicas são apenas uma tentativa desesperada de encobrir sua derrota no terreno e refletem seu estado de histeria e fracasso", afirmaram as forças armadas em comunicado divulgado por meio da televisão estatal.

O Ministério das Relações Exteriores também reagiu às acusações e por meio de um comunicado afirmou que "o acordo de cooperação entre a Síria e a equipe de investigação da ONU parece que não satisfez os terroristas e os países que os apoiam". O ministério disse que as acusações são "falsas e vazias" e que o governo "sempre declarou que não usará armas de destruição em massa, se elas existissem, contra seu povo". "Estas mentiras eram previsíveis. Tentam distrair a equipe da ONU do cumprimento de sua missão", reclamou.

A missão da ONU entrou em 18 de agosto na Síria, após ter atrasado várias vezes sua visita por problemas logísticos, com o objetivo de investigar três possíveis casos de uso de armas químicas.

Com informações das agências AFP e EFE

Fonte: Terra
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