Aleppo e arredores têm quase 497 mortos desde o fim da trégua
No mínimo, 497 civis morreram na cidade de Aleppo (norte) e nos arredores desde o dia 19 de setembro, quando foi encerrada a trégua na Síria, segundo apuração divulgada neste sábado pelo Observatório Sírio de Direitos Humanos.
Entre as vítimas há 90 menores de idade e 40 mulheres, além de 1,2 mil civis que ficaram feridos no mesmo período. A ONG detalhou que 305 pessoas perderam a vida nos bombardeios das aviações russa e síria contra os bairros do leste de Aleppo, sitiados pelo Exército e controlados por facções armadas opositoras.
Outros 17 civis, entre eles quatro crianças, morreram com a queda de projéteis de artilharia lançados pelas forças governamentais contra os distritos de Al Maadi, Al Sajur, Al Helik e Saif al Dawla, todos eles localizados na metade leste da cidade.
Além disso, 124 civis morreram pelos ataques aéreos de aviões russos e sírios nas localidades situadas nos arredores da cidade de Aleppo, e outras 50 pessoas morreram pelo impacto de mísseis disparados por grupos rebeldes contra áreas sob o domínio das autoridades, no oeste.
A trégua pactuada por Estados Unidos e Rússia vigorou na Síria entre os dias 12 e 19 de setembro, e conseguiu reduzir as hostilidades em todo o país, especialmente na cidade de Aleppo.
Três dias depois que o Exército sírio declarou o fim do cessar-fogo, as Forças Armadas lançaram uma nova e mais violenta ofensiva sobre Aleppo, com o respaldo da aviação da Rússia.
Os bombardeios sobre a cidade provocaram a indignação e punições internacionais, e o Conselho de Segurança da ONU se reuniu na sexta-feira para abordar a situação da segunda maior cidade da síria.