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O que se sabe sobre os últimos reféns vivos mantidos pelo Hamas na Faixa de Gaza

Após a entrada em vigor do cessar-fogo, nesta sexta-feira (10), o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, confirmou que 48 reféns (dos 251 sequestrados em 7 de outubro de 2023) permanecem na Faixa de Gaza. Israel estima que 20 ainda estariam vivos e pelo menos 25 morreram. Atualmente, as pessoas vivas em cativeiro são, em sua maioria, homens entre 21 e 48 anos, segundo informações do governo israelense.

10 out 2025 - 11h59
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Após a entrada em vigor do cessar-fogo, nesta sexta-feira (10), o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, confirmou que 48 reféns (dos 251 sequestrados em 7 de outubro de 2023) permanecem na Faixa de Gaza. Israel estima que 20 ainda estariam vivos e pelo menos 25 morreram. Atualmente, as pessoas vivas em cativeiro são, em sua maioria, homens entre 21 e 48 anos, segundo informações do governo israelense.

Israelenses se abraçam na “praça dos reféns”, após o anúncio de que Israel e o grupo Hamas haviam chegado a um acordo sobre a primeira fase de um cessar-fogo em Gaza, em 9 de outubro de 2025.
Israelenses se abraçam na “praça dos reféns”, após o anúncio de que Israel e o grupo Hamas haviam chegado a um acordo sobre a primeira fase de um cessar-fogo em Gaza, em 9 de outubro de 2025.
Foto: REUTERS - Ronen Zvulun / RFI

O acordo firmado entre Israel e o movimento islâmico Hamas prevê o retorno dos reféns em troca da libertação de centenas de prisioneiros palestinos. No entanto, ainda há incertezas quanto ao destino de alguns cativos e às condições concretas de sua libertação ou da restituição de seus corpos. 

Seus retratos estão disponíveis no site do Fórum das Famílias de Reféns, com exceção dos tailandeses Sontia Ok'Krasari e Sontisek Rintalk, que estão entre os reféns falecidos. Bipin Joshi, estudante nepalês, também aparece na lista. Embora não tenha sido declarado morto pelo exército israelense, há dúvidas sobre seu paradeiro, já que é um dos poucos reféns sobre os quais não há nenhuma prova de vida desde novembro de 2023. 

Entre os mortos, alguns foram assassinados ainda no dia 7 de outubro, outros morreram em cativeiro na Faixa de Gaza, seja durante operações de resgate ou em bombardeios. Sete deles são soldados.

Segundo o governo israelense, o número de reféns mortos inclui o soldado Hadar Goldin, morto em 2014, cujo corpo ainda estaria sob posse do Hamas. A israelense-romena Inbar Hayman, de 27 anos, é a única mulher ainda mantida como refém desde o fim da segunda trégua, em março de 2025. Como muitas pessoas, ela foi sequestrada durante o festival Tribe of Nova. A maioria dos outros foi capturada nos kibutzim de Niz Oz e Nahal Oz, próximos à Faixa de Gaza.

Nacionalidades e idades diversas 

Com exceção dos dois tailandeses e do nepalês, todos os demais têm nacionalidade israelense, embora alguns possuam dupla nacionalidade - alemã, russa, britânica, húngara, argentina ou colombiana. 

No momento do sequestro, os reféns tinham entre 18 e 85 anos. Segundo informações do governo israelense, os 20 que ainda estariam vivos são, em sua maioria, homens jovens com idades de 21 anos (dois rapazes) e 48 anos (um húngaro). 

A seguir, o perfil de alguns dos 20 últimos reféns israelenses presumivelmente vivos: 

- Matan Angrest, 22 anos

Suboficial, Matan Angrest foi capturado dentro de seu tanque na periferia da Faixa de Gaza após tentar impedir a infiltração de comandos do grupo Hamas perto da base de Nahal Oz. Em um vídeo divulgado por sua família em abril de 2025, é possível ver o momento em que ele é retirado do tanque e é vítima de um linchamento. 

- Gali e Ziv Berman, 28 anos

Os gêmeos Gali e Ziv Berman, atualmente com 28 anos, foram sequestrados no kibutz Kfar Aza, incendiado pelos comandos do Hamas. Inseparáveis, os dois irmãos trabalhavam juntos na área de produção musical. Seus pais e o irmão mais velho sobreviveram ao ataque. 

- David e Ariel Cunio, 35 e 28 anos

Os irmãos israelenses-argentinos David e Ariel Cunio foram sequestrados com a família enquanto se escondiam na sala segura da casa de David Cunio no kibutz Nir Oz. Para retirá-los, os membros do Hamas incendiaram a casa. Sua família foi a que teve o maior número de reféns (oito). Sharon Aloni Cunio, 34 anos, esposa de David Cunio, e suas duas filhas gêmeas de três anos, além de Danielle Aloni, 44 anos, irmã de Sharon, e sua filha de cinco anos, foram libertadas durante a trégua de novembro de 2023. A noiva de Ariel Cunio, Arbel Yehoud, 28 anos, foi libertada em 30 de janeiro.

- Elkana Bohbot, 36 anos

Elkana Bohbot era um dos produtores do festival Nova, junto com seus amigos de infância Michael e Osher Waknin, mortos em 7 de outubro junto com cerca de 370 pessoas nessa festa de música eletrônica. Um vídeo dele algemado e com ferimentos no rosto sendo levado pelos sequestradores foi divulgado no dia do ataque do Hamas. Sua esposa, Rebecca Gonzalez, afirmou em meados de fevereiro de 2025 ter recebido uma "prova de vida" por meio de Ohad Ben Ami, ex-refém libertado em 8 de fevereiro e que esteve detido com seu marido. 

- Rom Braslavski, 21 anos

Natural de Jerusalém, Rom Braslavski, também é cidadão alemão e trabalhava na segurança do festival Nova. Entre 10h30, horário de seu último contato com a mãe, e 13h30, quando desapareceu, o segurança permaneceu no local ajudando diversos participantes, segundo relatos de sobreviventes. Em agosto de 2025, a Jihad Islâmica, grupo aliado do Hamas, divulgou um vídeo em que Rom Braslavski aparece falando sob aparente coação, visivelmente debilitado e emagrecido. 

- Maxim Herkin, 37 anos

Israelense-russo, Maxim Herkin vive em Tirat Carmel, no norte de Israel, e é pai de uma menina de cinco anos que vive com a mãe na Rússia. Ele imigrou com a mãe da Ucrânia. Antes de ser sequestrado no festival Nova, escreveu para a mãe: "Está tudo bem, estou voltando." Em 2025, o grupo armado do Hamas divulgou um vídeo em que Maxim Herkin aparece deitado, com a cabeça e o braço esquerdo cobertos por ataduras com manchas marrons. 

- Omri Miran, 48 anos

Massagista-terapeuta de nacionalidade húngara, Omri Miran foi sequestrado no kibutz Nahal Oz, onde vivia, na presença de sua esposa Lichay Miran-Lavi e de suas duas filhas, que foram deixadas em liberdade. Seu pai, Dani Miran, deixou a barba crescer enquanto aguarda o retorno do filho, depois de vê-lo barbudo em um vídeo divulgado pelo Hamas em abril de 2024, considerando que, se o filho não pode se barbear, ele também não se barbeará. Ele reapareceu em outro vídeo divulgado pelo Hamas em 23 de abril de 2025.

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