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'Não vamos controlar a pandemia', diz chefe de Gabinete de Trump

Meadows contradiz presidente e diz esperar por vacina

26 out 2020 - 07h35
(atualizado às 07h41)
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O chefe de Gabinete do presidente Donald Trump, Mark Meadows, admitiu na noite deste domingo (25) que o governo "não vai controlar a pandemia" do novo coronavírus (Sars-CoV-2) porque o vírus "é tão contagioso como o da gripe".

Meadows admitiu que governo não vai controlar pandemia, mas que busca mitigar efeitos
Meadows admitiu que governo não vai controlar pandemia, mas que busca mitigar efeitos
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Na entrevista para a emissora "CNN", no entanto, Meadows disse que o governo não irá obrigar o uso de máscaras e que haverá a diminuição de danos com o uso "de vacinas, tratamentos e outras áreas de mitigação".

A fala de do chefe de Gabinete foi considerada pela mídia norte-americana uma "admissão franca" de como o governo de Trump vem agindo durante toda a pandemia de Covid-19 desde fevereiro, com o republicano desaconselhando o uso de máscaras, incentivando a reabertura econômica e sem apresentar um plano nacional de combate à crise sanitária.

No entanto, a afirmação contradiz o que o mandatário vem falando nas últimas duas semanas em comícios eleitorais e nos debates presidenciais com Joe Biden de que "o vírus está indo embora".

Biden, inclusive, falou sobre a entrevista de Meadows e acusou o governo de "levantar a bandeira branca da derrota" e de "desistir de sua missão básica de proteger o povo norte-americano".

O próprio Trump e sua esposa, Melania, contraíram o vírus no início de outubro, bem como mais de 10 pessoas que participaram de um evento com o presidente na Casa Branca. No fim de semana, foi revelado que ao menos cinco pessoas da equipe de trabalho do vice-presidente, Mike Pence, também testaram positivo.

Desde a última semana, os Estados Unidos vêm batendo recordes praticamente diários de novos casos de Covid-19 por todo o país, com mais de 83,7 mil contágios na sexta-feira (23) e no sábado (24).

O país é o que mais registra contaminações pelo novo coronavírus desde o início da pandemia, com 8.636.169 casos, segundo a Universidade Johns Hopkins, e também com o maior número de vítimas, com 225.230. .

Ansa - Brasil   
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