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Mundo

Morte de elefante do deserto a mando de governo gera revolta

2 jul 2019 - 16h34
(atualizado às 19h25)
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REUTERS/Imelda Medina
REUTERS/Imelda Medina
Foto: Reuters

A morte de um elefante macho alfa de 50 anos na Namíbia causou revolta na nação do sul africano, e grupos de conservação e de turismo acusaram o governo de autorizar a caça do animal sem justa causa.

O elefante foi abatido na semana passada na área de Omatjete, 230 quilômetros ao norte da cidade litorânea de Swakopmund, por um caçador indicado pelo governo, que lhe pagou o equivalente a 8.500 dólares. As autoridades o declararam um "animal causador de problemas".

O elefante, conhecido popularmente como "Voortrekker", era parte de um rebanho raro adaptado ao deserto de Ugab.

"É uma infelicidade que o elefante tenha sido abatido, mas não nos restou nenhuma outra alternativa depois que este animal específico continuou a causar danos a propriedades na área", disse o porta-voz do Ministério do Meio Ambiente e do Turismo, Romeo Muyunda, à Reuters nesta terça-feira.

Muyunda disse que o ministério deu permissão para o abate de Voortrekker porque o governo temia que os agricultores que moram na área de Omatjete cumprissem sua ameaça de matar elefantes que estão destruindo suas propriedades.

"Foi melhor para nós fazer desta maneira do que ignorá-lo e permitir que a comunidade faça justiça com as próprias mãos e destrua todos os elefantes", disse.

Conservacionistas próximos da área de proteção de Ohungu, onde o elefante foi morto, questionaram o abate do animal dizendo que os elefantes não entram em suas comunidades.

"Entendemos que queixas de comunidades que vivem na área de Omatjete foram recebidas. A população de elefantes do deserto do oeste de Ugab não entra nestas comunidades", disse a entidade de conservação.

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