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México: Claudia Sheinbaum denuncia agressor após ser vítima de assédio sexual na rua

A presidente mexicana Claudia Sheinbaum, vítima de assédio sexual enquanto cumprimentava apoiadores no centro histórico da capital mexicana, nesta terça-feira (4), decidiu denunciar formalmente seu agressor e revisar a legislação nacional sobre a questão.

6 nov 2025 - 05h44
(atualizado às 11h47)
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A presidente mexicana Claudia Sheinbaum, vítima de assédio sexual enquanto cumprimentava apoiadores no centro histórico da capital mexicana, nesta terça-feira (4), decidiu denunciar formalmente seu agressor e revisar a legislação nacional sobre a questão.

De acordo com a presidente, após assediá-la explicitamente, o homem continuou atacando outras mulheres antes de ser preso, algumas horas depois. "Se eu não denunciar, o que acontecerá com as outras mexicanas?", questionou. "Se isso acontece com a presidente, o que acontecerá com todas as mulheres do nosso país?", acrescentou Claudia Sheinbaum nesta quarta (5), durante uma coletiva de imprensa.

A denúncia foi registrada junto à Procuradoria Geral da Cidade do México, onde o assédio sexual é considerado crime. O agressor, identificado como Uriel Rivera, foi encaminhado ao Ministério Público especializado em crimes sexuais.

Na terça, o homem se aproximou da presidente Claudia Sheinbaum, tocou sua cintura e seu peito e tentou beijá-la no pescoço. Um guarda-costas da equipe presidencial então interveio e afastou o agressor. A presidente estava participando de um evento público próximo ao palácio presidencial, cumprimentando pessoas e tirando fotos.

Legislação será revisada

Pega de surpresa, Claudia Sheinbaum não reagiu e chegou a tirar uma foto com o homem. A presidente mexicana deu um tapinha em seu ombro e seguiu seu caminho, como mostra um dos vídeos. "Esse homem estava totalmente embrigado quando me abordou e ignoro se havia consumido drogas. Só depois de assistir aos vídeos entendi de fato o que aconteceu", disse.

Após o incidente, a presidente mexicana anunciou que pretende revisar a legislação sobre assédio sexual em todo o país. "O governo vai verificar se esse comportamento é considerado crime em todos os estados, pois deveria ser. Vamos lançar uma campanha", anunciou a presidente, revelando que também sofreu agressões semelhantes na juventude.

O México é uma república federativa, e os 32 estados que o compõem têm seus próprios códigos penais, sendo que nem todos punem esse tipo de comportamento.

A ministra das Mulheres, Citlalli Hernández, publicou um comunicado condenando a agressão. "Condenamos o ato do qual nossa presidente foi vítima hoje", escreveu Citlalli Hernández em uma postagem na rede X, onde também denunciou a "visão machista" e ao desrespeito, por parte de alguns homens, à intimidade e ao corpo das mulheres.

Dez assassinatos de mulheres por dia

O assédio sofrido por Claudia Sheinbaum, cujo governo defende os direitos das mulheres contra a discriminação e a violência, evidencia um problema latente no México.

Segundo a ONU, 70% das mexicanas com mais de 15 anos já sofreram algum tipo de violência ao menos uma vez na vida. Em média, são registrados 10 assassinatos de meninas e mulheres por dia, segundo a organização.

Com agências

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