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Merkel e social-democratas alemães buscam esclarecimentos para formar coalizão

11 dez 2017 - 12h15
(atualizado às 12h48)
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Os conservadores da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e o Partido Social-Democrata (SPD, na sigla em alemão), de centro-esquerda, dizem que esperam chegar em breve a um esclarecimento sobre as perspectivas de formação de uma nova coalizão de governo, enquanto se preparam para conversas exploratórias nesta semana.

Chanceler alemã, Angela Merkel, durante coletiva de imprensa, em Berlim 11/12/2017  REUTERS/Fabrizio Bensch
Chanceler alemã, Angela Merkel, durante coletiva de imprensa, em Berlim 11/12/2017 REUTERS/Fabrizio Bensch
Foto: Reuters

Os conservadores, que se reúnem nesta segunda-feira para mapear suas posições na negociações, acreditam ser possível encontrar um meio-termo para renovar a "grande coalizão" que governou nos últimos quatro anos.

Os dois bloco precisam superar diferenças a respeito do futuro da Europa, das aposentadorias, do sistema de saúde e da educação.

Merkel, cuja aliança, formada pela União Social-Cristã (CSU) e a União Democrata-Cristã (CDU), não conseguiu fechar um acordo de coalizão com dois partidos menores no mês passado após a eleição nacional inconclusiva de setembro, deve falar à imprensa às 13h locais.

No sábado, conservadores de alto escalão rejeitaram a proposta dos "Estados Unidos da Europa" apresentada pelo líder do SPD, Martin Schulz, enfraquecido desde que sua sigla teve seu pior resultado eleitoral no pós-guerra em setembro.

Mas Annegret Kramp-Karrenbauer, primeira-ministra conservadora da região do Sarre, disse à emissora ARD que espera ver algum progresso nas conversas desta semana com o SPD.

"Talvez possamos dar um primeiro grande passo nesta direção nesta semana", disse.

O secretário-geral do SPD, Lars Klingbeil, disse à ARD que seu partido está aberto a todas as possibilidades, incluindo uma coalizão renovada com os conservadores ou um governo de minoria.

"A bola está no campo da senhora Merkel", disse Klingbeil, acrescentando que o ritmo das negociações depende em grande parte das principais exigências da CDU e de sua aliada bávara CSU.

"O SPD deixou suas posições claras na conferência do partido. Agora ouviremos o que o líder da CDU quer, o que a CSU quer, e ficará claro rapidamente se novas discussões valem a pena", afirmou.

Uma pesquisa publicada nesta segunda-feira pela emissora RTL e pela n-tv mostrou que 71 por cento dos membros do SPD saudou a decisão da sigla de conversar com os conservadores sobre a composição de uma nova coalizão de governo, e que 81 por cento quer que o partido seja duro nas negociações.

Klingbeil disse que o SPD pedirá que a CDU se comprometa a gastar mais com a educação e a combater a pobreza infantil antes de se envolver em conversas para uma coalizão.

Julia Kloeckner, vice-líder da CDU, alertou o SPD a não fazer exigências exageradas e criticou comentários que Klingbeil fez durante o final de semana dando a entender que as conversas podem durar até maio.

"Se o SPD acha que temos todo o tempo do mundo, esta não é nossa visão", disse.

A pesquisa desta segunda-feira ainda revelou que 71 por cento dos eleitores alemães preferem negociações rápidas para a formação de um novo governo.

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