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May admite ampliar prazo de transição do Brexit

Conversas continuam travadas na questão das Irlandas

18 out 2018 - 09h45
(atualizado às 12h53)
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A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, confirmou nesta quinta-feira (18) que está discutindo com a União Europeia um aumento do período de transição do "Brexit", que está marcado para ocorrer em 29 de março de 2019.

Theresa May durante reunião do Conselho Europeu, em Bruxelas
Theresa May durante reunião do Conselho Europeu, em Bruxelas
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Londres e Bruxelas já concordaram que, caso cheguem a um acordo, haverá um período de transição até 31 de dezembro de 2020, mas a imprensa britânica especula que o prazo poderia ser alongado em um ano para facilitar as negociações.

May negou que o novo período de transição possa ser ampliado até 31 de dezembro de 2021, mas admitiu que aceitaria um aumento menor. "Nessa fase, surgiu a ideia de criar uma opção para estender o período de implantação, mas seria só por alguns meses", disse.

A primeira-ministra, no entanto, afirmou esperar que isso não ocorra. "Estamos trabalhando para ter a futura relação [com a UE] até o fim de dezembro de 2020. Em todo caso, não será necessária uma proposta desse tipo, espero que a transição termine em dezembro de 2020", acrescentou.

A cúpula europeia da última quarta-feira (17) sobre o Brexit terminou sem avanços nas tratativas e com a perspectiva de não convocar uma reunião extraordinária em novembro, como estava previsto anteriormente. O objetivo do encontro do mês que vem seria bater o martelo no acordo com o Reino Unido.

O principal nó ainda é a questão da fronteira entre República da Irlanda, que faz parte da UE, e Irlanda do Norte, que é território britânico.

As negociações do Brexit são regidas por um princípio chamado "backstop", que garante que, se não houver acordo, a fronteira entre as Irlandas permanecerá inexistente. Neste caso, a Irlanda do Norte continuaria no mercado comum e na união alfandegária e ficaria submetida a regras diferentes do restante do Reino Unido.

Os defensores de um Brexit mais duro alegam que isso seria a anexação de território britânico pela UE. Por outro lado, o acordo de paz entre as Irlandas, assinado em 1998, prevê fronteiras abertas, ao reconhecer as ligações históricas entre os dois territórios. O governo May insiste para que o chamado "backstop" valha para todo o Reino Unido.

Ansa - Brasil   
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