Magdalena Andersson se torna 1ª mulher premiê da Suécia
A líder, no entanto, guiará um governo de minoria
A social-democrata Magdalena Andersson, 54 anos, tornou-se nesta quarta-feira (24) a primeira mulher eleita premiê da Suécia.
A ministra das Finanças foi nomeada pelo Parlamento em uma votação por margem mínima, graças a um acordo de última hora com o Partido da Esquerda para aumentar as aposentadorias.
Dos 349 membros do Parlamento, 174 votaram contra Andersson, e 117, a favor, enquanto 57 se abstiveram e um não participou. No sistema sueco, um premiê não precisa contar com maioria parlamentar, desde que a maior parte - 175 deputados - não seja contra.
A Suécia é o último país nórdico a ter uma mulher como primeira-ministra, mas Andersson vai guiar um governo de minoria e enfrentará dificuldades para implantar sua agenda. O Partido do Centro, aliado do Partido Social-Democrata, já declarou que não vai apoiar a Lei Orçamentária devido às concessões feitas ao Partido da Esquerda.
Andersson substitui o correligionário Stefan Lofven, que estava no cargo desde outubro de 2014 e renunciou após perder a confiança do Parlamento. O país, no entanto, terá eleições legislativas em setembro de 2022, enquanto o Partido Social-Democrata enfrenta uma crise de popularidade.
A nova premiê é descrita pela mídia sueca como "pragmática" e "tecnocrata" e prometeu "retomar o controle" das escolas e do sistema de saúde, se afastando das privatizações, além de tornar o país, lar da ativista Greta Thunberg, em um modelo contra a crise climática.