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Macron reforma ministério em busca de acabar com meses de turbulência na França

16 out 2018 - 08h43
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O presidente da França, Emmanuel Macron, reformulou o ministério nesta terça-feira, nomeando o líder do partido governista para o cargo delicado de ministro do Interior e mantendo um equilíbrio entre direita e esquerda ao montar uma base ampla para disputar as eleições europeias de 2019.

Presidente francês, Emmanuel Macron, no Palácio do Eliseu, em Paris 16/10/2018 REUTERS/Pascal Rossignol
Presidente francês, Emmanuel Macron, no Palácio do Eliseu, em Paris 16/10/2018 REUTERS/Pascal Rossignol
Foto: Reuters

O objetivo imediato de Macron é fortalecer o governo na esteira de uma série de renúncias que puseram sua autoridade em xeque. Ele também quer injetar sangue novo em sua agenda de reformas sociais e econômicas e reverter uma queda de popularidade.

Esperava-se que o líder francês anunciasse a reformulação na semana passada, mas Macron a adiou com a justificativa de que queria garantir as decisões certas, algo que seus oponentes disseram despertar dúvidas sobre a experiência de seu partido.

Um assessor de Macron disse que não vai haver mudança de direcionamento das políticas. "Temos, ao mesmo tempo, nomes novos com reputação em suas áreas de especialidade, que fortalecerão a eficiência do governo, e outros que têm um perfil mais abrangente", disse.

Macron e seu primeiro-ministro, Édouard Philippe, vinham estudando a reforma ministerial há duas semanas, na sequência da renúncia do ministro do Interior, Gérard Collomb, um dos primeiros apoiadores de Macron. A saída de Collomb se seguiu à de dois outros ministros poucas semanas antes.

A nomeação de Christophe Castaner para o cargo acabou sendo o único acréscimo de um nome de peso.

O ministro das Finanças, Bruno Le Maire, que liderou a iniciativa de reforma da zona do euro de Macron, e o ministro de Relações Exteriores, Jean-Yves Le Drian, foram mantidos.

Mas outros cargos de menor destaque enfatizam as ambições de Macron de fortificar a base ampla de seu partido A República em Marcha, agora que ele se prepara para se defrontar com a extrema-direita francesa nas eleições europeias de maio.

Didier Guillaume, uma ex-liderança do Partido Socialista, assume o Ministério da Agricultura. Franck Riester, parlamentar pertencente a um grupo que rompeu com o partido de centro-direita Republicanos depois que Macron abalou os partidos tradicionais no ano passado, chefiará a pasta da Cultura.

A popularidade de Macron recuou nos últimos meses, em resultado do aumento da frustração do eleitorado com um líder que muitos veem como arrogante e responsável por políticas que favorecem os mais abastados, como a rejeição de um imposto sobre a riqueza e um corte de impostos corporativos.

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