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‘Jogada arriscada’: jornais internacionais destacam EUA em guerra com o Irã

Donald Trump confirmou ataques as usinas nucleares iranianas

21 jun 2025 - 23h46
(atualizado às 23h48)
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Capa do The New York Times
Capa do The New York Times
Foto: Reprodução/The New York Times

O temor levantado pelas agências de notícias nos últimos dias se confirmou na noite deste sábado, 21, quando os Estados Unidos anunciaram ataque a três usinas nucleares iranianas. A ação norte-americana repercutiu nos principais jornais internacionais.

O The New York Times, mais respeitado veículo dos EUA, destacou que o país entrou na guerra de Israel contra o Irã e afirmou que a equipe do presidente Donald Trump agora se prepara para as retaliações.

Capa do The Guardian
Capa do The Guardian
Foto: Reprodução/The Guardian

A manchete do britânico The Guardian foi para a ameaça de Trump, que disse que Teerã terá que fazer a paz ou haverá mais tragédia. Além disso, o período analisou a estratégia de "destruir o programa nuclear do país, em uma jogada arriscada para enfraquecer um inimigo de longa data em meio à ameaça de represálias de Teerã que poderia desencadear um conflito regional mais amplo".

Capa do site alemão Bild
Capa do site alemão Bild
Foto: Reprodução/Bild

O alemão Bild também deu espaço para a declaração do presidente norte-americano dizendo que a “operação militar foi bem-sucedida no Irã”. Na Itália, o Corriere dela Sera destacou a superbomba utilizada pelos EUA nos ataques.

O anúncio de Trump

Trump anunciou que a potência norte-americana entrou no meio da guerra entre Irã e Israel em publicação no seu perfil na rede social Truth Social, às 20h50. 

Conforme o republicano descreveu, foram três locais atingidos nesta noite, sendo dois os principais centros de enriquecimento de urânio do Irã. No caso, a instalação subterrânea de Fordow e a usina de enriquecimento maior em Natanz, que foi atacada por Israel há alguns dias. 

Já o terceiro local fica perto da cidade antiga de Isfahan. Acredita-se que o Irã guarda seu urânio enriquecido próximo ao grau de bomba nesse local.

"Todos os aviões estão em segurança a caminho de casa. Parabéns aos nossos grandes guerreiros americanos. Não há outro exército no mundo que pudesse ter feito isso. Agora é a hora da paz! Obrigado pela atenção a este assunto”, disse Trump.

"Este é um momento histórico para os Estados Unidos da América, Israel e o mundo. O Irã deve agora concordar em acabar com esta guerra", complementou o presidente dos Estados Unidos.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, também se pronunciou nas redes sociais e agradeceu a Trump. Para Netanyahu, essa "decisão ousada" irá "mudar a história".

“O presidente Trump e eu costumamos dizer: ‘Paz através da força’. Primeiro vem a força, depois vem a paz. E esta noite, o presidente Trump e os Estados Unidos agiram com muita força”, disse, em outro trecho.

Na visão de Netanyahu, a liderança de Trump "criou hoje um pivô da história que pode ajudar a levar o Oriente Médio e além a um futuro de prosperidade e paz".

A reação do Irã 

"Agora a guerra começou para nós. E mate-os onde quer que você os encontre...". Assim se pronunciou a Guarda Revolucionária Iraniana por volta de 23h10 -- mesmo horário em que Donald Trump discursava sobre a operação militar.

Pouco antes, um comentarista da televisão estatal iraniana afirmou que "todo cidadão americano ou militar na região é agora um alvo legítimo”. O comentarista também deixou um aviso a Donald Trump: "Você começou. Nós vamos terminar".

Já a agência de notícias estatal iraniana IRNA citou que um oficial do Irã informou que "não havia materiais nesses três locais nucleares que causem radiação". O comentário sugere que as autoridades iranianas podem ter removido o urânio enriquecido das instalações antes dos bombardeios.

Exposição ao risco

De acordo com o New York Times, mais de 40.000 soldados e civis ativos dos EUA trabalham para o Pentágono no Oriente Médio, espalhados por diversos países da região, juntamente com bilhões de dólares em armamentos e equipamentos militares.

Milhares dessas tropas americanas podem estar na linha de fogo direta do Irã -- seja por meio de mísseis, drones ou ataques de grupos aliados aos iranianos, que atuam em vários dos mesmos países onde as forças dos EUA estão posicionadas.

"Para acalmar a situação o máximo possível, Trump deveria realocar urgentemente o maior número possível de tropas americanas estacionadas na região para áreas seguras, antes que o Irã possa retaliar", afirmou ao NYT Rosemary Kelanic, diretora do programa do Oriente Médio da Defense Priorities, um think tank que defende uma política externa moderada.

O deputado Hakeem Jeffries, de Nova York, líder democrata na Câmara, opôs-se à ação do presidente, afirmando: "O presidente Trump enganou o país sobre suas intenções, não buscou autorização do Congresso para o uso da força militar e corre o risco de envolver os Estados Unidos em uma guerra potencialmente desastrosa no Oriente Médio".

O parlamentar solicitou uma reunião informativa confidencial imediata do Congresso e afirmou que o presidente "assume total e completa responsabilidade por quaisquer consequências adversas decorrentes de sua ação militar unilateral".

Fonte: Redação Terra
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