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Itália é país com mais hectares queimados por incêndios na UE

Sul do país tem sido devastado pelo fogo desde julho

14 ago 2021 - 14h34
(atualizado às 16h07)
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A Itália ultrapassou a Grécia e se tornou o país da União Europeia (UE) mais afetado pelos incêndios florestais. De 1º de janeiro a 14 de agosto de 2021, uma área de 120.166 hectares, quase tão grande quanto a cidade de Roma, foi queimada pelo fogo.

Sul do país tem sido devastado pelo fogo desde julho
Sul do país tem sido devastado pelo fogo desde julho
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

Os dados foram divulgados pelo Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (Effis) da Comissão Europeia neste sábado (14).

Segundo o relatório, o número é maior do que o registrado na Grécia neste ano. Até o momento, as chamas atingiram uma área de 116.365 hectares em todo o território grego.

No total, mais de um terço das florestas queimadas em toda a União Europeia estão na Itália, totalizando 358.024 hectares até agora. A península também mantém a liderança da UE em relação ao maior número de incêndios que eclodiram. Os de grandes dimensões, ou seja, mais de 30 hectares de extensão, são 472.

A Espanha, por sua vez, está em segundo lugar com 228. Também neste caso, a Itália representa mais de um terço de todos os incêndios da UE, igual a 1.327.

As chamas estão "devorando" diversas áreas arborizadas na Itália, principalmente na região sul, onde pelo menos quatro pessoas morreram. As equipes de bombeiros e veículos aéreos estão tentando combater o fogo que, devido às temperaturas elevadas, fica difícil de ser apagado.

Ontem (13), os bombeiros italianos iniciaram uma operação para combater um novo foco de incêndio em Tivoli, a aproximadamente 40km de Roma. Diversas localidades da área tiveram que ser evacuadas, e os moradores foram levados a outros lugares para se abrigarem.

Os carabineiros da cidade de Noto prenderam dois suspeitos de iniciar incêndios florestais em Buccheri, na província de Siracusa. Os dois, pai e filho de 60 e 27 anos, respectivamente, são acusados de ser responsáveis por alguns dos fogos que devastaram a zona rural na região em julho.

De acordo com o que foi reconstruído durante a investigação das autoridades italianas, sob a direção do Procurador de Siracusa, os dois fazendeiros teriam ateado fogo com o objetivo de expandir as pastagens para seus rebanhos e economizar nas despesas em pelo menos duas ocasiões.

Nos últimos dias, o primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, anunciou que fará um plano extraordinário para ajudar as cidades a enfrentar a emergência. Já o presidente italiano, Sergio Mattarella, sobrevoou as áreas afetadas pelos incêndios e disse que os "culpados" têm uma gravíssima responsabilidade na consciência.

"Sobre os incêndios que atingiram as regiões do Sul da Itália, em particular a Sicília, Sardenha e Calábria, juntamente com o primeiro-ministro Mario Draghi, discutimos prever, no pacote de intervenções que o governo se prepara para lançar, as medidas adequadas para permitir que as empresas agropecuárias continuem suas atividades, inclusive para evitar o risco de abandono das áreas afetadas que agravariam ainda mais a já delicada situação dos territórios", escreveu o ministro das Políticas Agrícolas, Alimentares e Florestais da Itália, Stefano Patuanelli, no Facebook, anunciando que o Movimento 5 Estrelas voltará a solicitar veementemente a inclusão do serviço civil de meio ambiente.

Ansa - Brasil   
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