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Israel promete continuar guerra em Gaza enquanto reféns não forem libertados pelo Hamas

Israel ameaçou neste sábado (2) dar continuidade à guerra na Faixa de Gaza enquanto os reféns mantidos no enclave pelo grupo Hamas não puderem deixar o cativeiro. Em visita às suas tropas no território palestino, o chefe do Estado-Maior do Exército israelense, Eyal Zamir, afirmou que "os combates não terão trégua".

2 ago 2025 - 12h49
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Israel ameaçou neste sábado (2) dar continuidade à guerra na Faixa de Gaza enquanto os reféns mantidos no enclave pelo grupo Hamas não puderem deixar o cativeiro. Em visita às suas tropas no território palestino, o chefe do Estado-Maior do Exército israelense, Eyal Zamir, afirmou que "os combates não terão trégua".

Civis palestinos durante distribuição de comida na Cidade de Gaza, em 26 de julho de 2025.
Civis palestinos durante distribuição de comida na Cidade de Gaza, em 26 de julho de 2025.
Foto: AP - Abdel Kareem Hana / RFI

Em comunicado, o Exército israelense indicou que Zamir fez uma visita à Faixa de Gaza para uma avaliação da situação, acompanhado de outros comandantes. Segundo ele, nos próximos dias será possível saber se um acordo para a libertação dos reféns será alcançado com o grupo Hamas. 

"A guerra continua e vamos adaptá-la à realidade que muda de acordo com nossos interesses", acrescentou. O chefe do Estado-Maior do Exército israelense ressaltou ainda que os resultados obtidos "proporcionam flexibilidade operacional" a Israel.

As declarações são feitas em um momento crítico na Faixa de Gaza, em que civis estão sendo hospitalizados e morrendo de fome devido à escassa ajuda humanitária que Israel tem permitido entrar no enclave. Na véspera, a França e a Alemanha realizaram operações de envio de suprimentos por aviões. A Itália anunciou neste sábado que participará da iniciativa similar a partir de 9 de agosto.

No entanto, para Zamir, as denúncias de escassez de alimentos no enclave palestino são infundadas. "A atual campanha de falsas acusações sobre uma fome deliberada é uma tentativa planejada, deliberada e mentirosa de acusar Tsahal [o Exército israelense] — de crimes de guerra", declarou. "Os responsáveis pelas mortes e pelo sofrimento dos habitantes da Faixa de Gaza são o Hamas", sublinhou o chefe do Estado-Maior.

Witkoff em Tel Aviv e em Gaza

O enviado especial dos Estados Unidos para o Oriente Médio, Steve Witkoff, se reuniu neste sábado (2) em Tel Aviv com membros de famílias de reféns israelenses que permanecem em cativeiro na Faixa de Gaza. O negociador americano caminhou até a chamada Praça dos Reféns, em Tel Aviv, onde parentes das vítimas o receberam com gritos de "Tragam-nos para casa agora".

Um comunicado do Fórum de Famílias de Reféns informou que, durante o encontro de quase três horas, Witkoff ressaltou "o compromisso do presidente [Donald] Trump", assim como "seu próprio compromisso pessoal" para a libertação de todos os reféns.

Centenas de pessoas, algumas vestidas de preto e exibindo fotos de reféns, protestaram durante a manhã no local. "Basta!", afirmou Michel Ilouz, pai do refém Guy Ilouz. "Quanto mais tempo poderemos continuar sendo atormentados? Em breve chegaremos a dois anos de sofrimento indescritível, 666 dias de trauma", acrescentou.

"A guerra deve acabar. O governo israelense não acabará com a guerra por vontade própria. É preciso pará-lo", declarou Yotam Cohen, irmão do refém Nimrod Cohen.

Na sexta-feira (1°), Witkoff se reuniu com moradores da Faixa de Gaza, segundo imagens divulgadas por seu gabinete. No local, o negociador americano prometeu agir para aumentar a entrada de ajuda humanitária ao enclave palestino.

Segundo várias ONGs, os carregamentos que Israel permite entrar por via terrestre e aérea são insuficientes. O Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo grupo Hamas, afirma que 147 pessoas morreram de fome desde o início da guerra, em outubro de 2023. Desse total, 88 eram crianças, o que evidencia o impacto devastador da crise humanitária. 

(RFI com agências)

RFI A RFI é uma rádio francesa e agência de notícias que transmite para o mundo todo em francês e em outros 15 idiomas.
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