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Israel pede a monitor global da fome que retire relatório sobre fome extrema em Gaza

27 ago 2025 - 15h49
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Israel solicitou nesta quarta-feira a um monitor global da fome que retire uma avaliação segundo a qual a Cidade de Gaza e áreas vizinhas sofrem fome extrema com tendência de agravamento, classificando o relatório como "profundamente falho".

O sistema Classificação Integrada de Fases de Segurança Alimentar (IPC, na sigla em inglês) disse na sexta-feira que 514.000 pessoas -- cerca de um quarto dos palestinos em Gaza -- estão passando fome extrema, e o número deve aumentar para 641.000 até o final de setembro.

Após quase dois anos de guerra em Gaza, Israel tem repetidamente rejeitado tais conclusões, considerando-as falsas e tendenciosas, a favor do grupo militante palestino Hamas.

O diretor-geral do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Eden Bar Tal, escreveu ao IPC nesta quarta-feira pedindo a retirada do relatório até que o órgão conclua uma revisão.

"O relatório é profundamente falho, não é profissional e está gravemente fora dos padrões esperados de um órgão internacional ao qual foi confiada uma responsabilidade tão séria", escreveu ele.

Na carta, ele acusa o IPC de se afastar de seus próprios padrões e regras, acrescentando ver indícios de que os dados foram inventados, escolhidos a dedo ou ignorados.

"Esperamos que o IPC conduza uma revisão urgente e transparente desse relatório, que aborde as violações metodológicas e evite enganar a comunidade internacional, o público e os formuladores de políticas", escreveu ele.

O IPC não forneceu comentários imediatos sobre a carta israelense.

Iniciativa que envolve 21 grupos de ajuda, agências da ONU e organizações regionais financiadas pelo Reino Unido, Canadá, União Europeia e Alemanha, o IPC registrou fome extrema quatro vezes no passado -- na Somália em 2011, no Sudão do Sul em 2017 e 2020 e no Sudão em 2024.

Segundo Bar Tal, se um novo relatório não for apresentado dentro de duas semanas, Israel vai continuar com sua contestação e pedir a doadores do IPC que interrompam o apoio financeiro.

Muitos governos europeus e organizações internacionais pediram a Israel que permita mais acesso à ajuda humanitária em Gaza.

O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas israelenses, tenente-general Eyal Zamir, reuniu-se nesta quarta-feira com a diretora-executiva do Programa Mundial de Alimentos da ONU, Cindy McCain. De acordo com uma declaração militar, ele enfatizou o compromisso de Israel em evitar a fome e permitir que a ajuda humanitária chegue aos habitantes de Gaza.

O Ministério da Saúde de Gaza disse nesta quarta-feira que mais 10 pessoas morreram de desnutrição e fome extrema, aumentando o total de mortes por essas causas para 313 pessoas, incluindo 119 crianças, desde o início da guerra de Gaza, em outubro de 2023.

Israel contesta os óbitos divulgados pelo Ministério da Saúde do enclave, administrado pelo Hamas.

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