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Israel critica chefe de ajuda humanitária da ONU por apelo contra genocídio em Gaza

16 mai 2025 - 18h46
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Israel criticou duramente nesta sexta-feira o chefe de ajuda humanitária das Nações Unidas, Tom Fletcher, por perguntar ao Conselho de Segurança da ONU se ele agiria para "prevenir o genocídio" na Faixa de Gaza, onde na visão de especialistas a fome se aproxima após Israel bloquear as entregas de ajuda ao enclave, há 75 dias.

Ao informar o órgão de 15 membros no início desta semana, Fletcher, questionou: "Vocês agirão -- decisivamente -- para evitar o genocídio e garantir o respeito ao direito internacional humanitário?".

Em uma carta a Fletcher nesta sexta-feira, o embaixador israelense na ONU, Danny Danon, acusou-o de fazer "um sermão político" e usar a palavra "genocídio" como arma contra Israel, questionando sob que autoridade ele fez o que seu país viu como uma acusação.

"Você teve a audácia, na sua qualidade de alto funcionário da ONU, de se apresentar perante o Conselho de Segurança e invocar a acusação de genocídio sem provas, mandato ou restrição", escreveu Danon. "Foi uma declaração totalmente inapropriada e profundamente irresponsável que destruiu qualquer noção de neutralidade."

Um porta-voz de Fletcher não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre a carta.

Segundo o direito internacional, genocídio é a intenção de destruir, no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso. Isso inclui assassinatos, danos físicos ou mentais graves e a imposição de condições calculadas para causar destruição física.

A guerra em Gaza foi desencadeada em 7 de outubro de 2023, quando militantes palestinos do Hamas mataram 1.200 pessoas no sul de Israel e fizeram cerca de 250 reféns, segundo dados israelenses. Desde então, a campanha militar israelense matou mais de 53.000 palestinos, segundo autoridades de saúde de Gaza.

Israel acusou o Hamas de roubar ajuda, o que o grupo nega, e bloqueou todo o auxílio a Gaza desde 2 de março, exigindo que o Hamas liberte os reféns restantes.

Um monitor global alertou na segunda-feira que meio milhão de pessoas enfrentam a fome -- cerca de um quarto da população do enclave.

O presidente dos EUA, Donald Trump, disse nesta sexta-feira que "muitas pessoas estão morrendo de fome em Gaza".

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