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Israel compartilha táticas de guerra usadas em Gaza, Síria e Líbano em evento com participação de 20 países

Se a guerra na Faixa de Gaza parece ter isolado Israel na política internacional, a cooperação e as exportações militares do país continuam a crescer. O Ministério da Defesa relatou vendas de US$ 14,7 bilhões em 2024, um crescimento de 13% em relação ao ano anterior. Mas as parcerias não se resumem aos negócios. A RFI esteve presente em apresentações militares israelenses a parceiros de forças armadas estrangeiras.

20 nov 2025 - 13h45
(atualizado às 14h18)
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Henry Galsky, correspondente da RFI em Israel

De forma organizada, como num evento TED, oficiais israelenses apresentaram os ensinamentos obtidos durante os dois anos da guerra na Faixa de Gaza e também nos confrontos na Síria e no Líbano, diante de uma plateia formada por militares de 20 países.

O evento fez parte de um ciclo realizado durante cinco dias em Israel para 130 oficiais de nações estrangeiras. Entre os países presentes estão Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Estônia, Finlândia e Hungria. Duas potências europeias e países árabes presentes pediram para que sua participação não fosse divulgada. Em um desses países árabes ainda há uma série de manifestações intensas nas ruas contra Israel.

Durante o dia em que a RFI esteve no evento, militares aprenderam sobre o uso de inteligência artificial por parte de Israel nos campos de batalha e de drones para ataques de precisão. Além disso, também foi explicado como o Exército israelense se posicionou diante da possibilidade de sequestros de soldados e a forma como o país criou um centro de operações logísticas na Faixa de Gaza durante a guerra. Também houve estudo de casos reais da ofensiva no território palestino.

Os militares estrangeiros assistiram a tudo com atenção, tomaram notas e fizeram perguntas ao final das apresentações.

A RFI questionou por que os dois países europeus não quiseram divulgar a participação no evento, mas não obteve resposta.

Em um dos intervalos, alguns militares estrangeiros aceitaram falar sob anonimato. "A guerra é muito recente e sofisticada. Aprendemos muito", disse um militar do Canadá. Militares dos Estados Unidos e da Alemanha disseram estar satisfeitos por "aprender com os aliados".

Plano de paz

Nesta semana, o Conselho de Segurança da ONU aprovou, por 13 votos a favor e duas abstenções (Rússia e China), o plano de 20 pontos elaborado pelos Estados Unidos para estabilizar a Faixa de Gaza.

A proposta envolve a criação de uma Força Internacional de Estabilização (ISF, em inglês), que deverá substituir a presença do Exército de Israel no território.

Há metas ambiciosas, como o desarmamento do Hamas e a desmilitarização da Faixa de Gaza, além de prever a possibilidade da criação de um Estado palestino após reformas internas da Autoridade Palestina (AP), governo reconhecido pela comunidade internacional.

Ainda não está claro que exércitos irão ceder seus soldados para a ISF. O ministro da Defesa da Indonésia, o país com a maior população muçulmana no mundo, revelou que há 20 mil soldados em treinamento para participar dessa força internacional.

Já o Ministério das Relações Exteriores da França afirma ter um plano para desarmar o Hamas e impedir que o grupo seja parte de um futuro governo de Gaza.

RFI A RFI é uma rádio francesa e agência de notícias que transmite para o mundo todo em francês e em outros 15 idiomas.
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