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Hamas diz que líderes sobreviveram a ataque de Israel no Catar; o que se sabe

Segundo o Hamas, seis pessoas morreram no ataque, entre elas o filho de um de seus principais negociadores.

9 set 2025 - 11h38
(atualizado às 16h03)
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Após ataque de Israel foi possível ver colunas de fumaça na capital do Catar, Doha
Após ataque de Israel foi possível ver colunas de fumaça na capital do Catar, Doha
Foto: Reuters / BBC News Brasil

O grupo palestino Hamas informou que as lideranças de sua equipe diplomática de negociação sobreviveram ao ataque de Israel realizado nesta terça-feira (9/9) em Doha, capital do Catar.

"Confirmamos o fracasso do inimigo em assassinar nossos irmãos da delegação de negociação", disse o Hamas em comunicado oficial.

Segundo o grupo, outras seis pessoas morreram, entre elas o filho de um de seus principais negociadores, Khalil al-Hayya.

"O ataque não deixa dúvidas que Netanyahu e seu governo não querem fazer nenhum acordo", acrescenta o comunicado.

O Ministério das Relações Exteriores do Catar afirmou que não foi notificado por Israel sobre o ataque antes dele ocorrer e que o episódio é uma "violação flagrante" do direito internacional.

"O Estado do Catar condena veementemente este ataque e afirma que não tolerará esse comportamento imprudente de Israel e a contínua interferência na segurança da região, nem qualquer ação contra sua segurança e soberania", afirma a declaração do Catar.

Já a Casa Branca confirmou que o governo americano foi avisado sobre o ataque antes dele ser lançado.

A secretária de imprensa Karoline Leavitt disse que o ataque "não contribui para os objetivos israelenses ou americanos", mas que o presidente Donald Trump considera que eliminar o Hamas "é um objetivo válido".

Leavitt destacou que o Catar é um "aliado próximo" dos Estados Unidos e que Trump "se sente muito mal" com o local escolhido para o ataque.

A embaixada americana no Catar emitiu uma nota pedindo aos cidadãos americanos que se abriguem onde estiverem e monitorem suas redes sociais para atualizações após os ataques.

'Operação totalmente independente', diz Israel

O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que "a ação de hoje contra os principais líderes terroristas do Hamas foi uma operação israelense totalmente independente".

"Israel iniciou, Israel conduziu e Israel assume total responsabilidade", afirma o premiê em um comunicado.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) confirmaram que "realizaram um ataque preciso contra a alta liderança da organização terrorista Hamas".

Em nota oficial, as FDI disseram: "Durante anos, esses membros da liderança do Hamas lideraram as operações da organização terrorista, foram diretamente responsáveis pelo brutal massacre de 7 de outubro [de 2023] e orquestraram e administraram a guerra contra o Estado de Israel".

"Antes do ataque, medidas foram tomadas para mitigar os danos a civis, incluindo o uso de munições de precisão e inteligência adicional", afirma a nota.

"As FDI e a ASI [a agência de segurança de Israel] continuarão a operar com determinação para derrotar a organização terrorista Hamas responsável pelo massacre de 7 de outubro."

O ministro das Finanças israelense, o político de direita radical Bezalel Smotrich, disse que o ataque de hoje em Doha demonstra que "terroristas não têm e não terão imunidade" em nenhum lugar do mundo.

Ele considera o ataque a "decisão correta" e afirma que houve "execução perfeita" pelos serviços militares e de contrainteligência israelenses.

A equipe de negociação do Hamas está sediada em Doha. O Hamas e Israel estão envolvidos em um sangrento conflito desde outubro de 2023, quando o grupo palestino atacou Israel e tomou reféns. Desde então, Israel lançou uma campanha militar contra a Faixa de Gaza, provocando mortes, deslocamentos e fome em grande escala.

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