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Incêndio em Hong Kong já deixa pelo menos 128 mortos e centenas de desaparecidos

O número de mortos no pior incêndio registrado em décadas em Hong Kong subiu nesta sexta-feira (28) para 128 pessoas e 89 corpos ainda não foram identificados. De acordo com as autoridades do país, os alarmes dos arranha-céus residenciais atingidos pelas chamas não funcionaram corretamente

28 nov 2025 - 10h00
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O incêndio começou na tarde de quarta-feira (26) nos andaimes de bambu instalados nas torres do conjunto residencial Wang Fuk Court, que está em obras. O prédio tem mais de 1.800 apartamentos e está situado no distrito de Tai Po, na zona norte do território.

Após mais de 40 horas de combate às chamas nos edifícios de 31 andares, o fogo foi "praticamente extinto" na manhã desta sexta. O corpo de bombeiros anunciou o fim das buscas por sobreviventes.

Em entrevista à imprensa, o secretário de Segurança da cidade, Chris Tang, disse que apenas 39 corpos foram identificados e 79 pessoas ficaram feridas.

As autoridades investigam as causas da tragédia, incluindo a presença dos andaimes de bambu, altamente inflamáveis, e das redes de proteção de plástico que envolvem prédios que estão sendo reformados na cidade.

O chefe dos bombeiros, Andy Yeung, afirmou que os alarmes contra incêndio dos edifícios "não funcionaram corretamente" e prometeu "medidas coercitivas" contra os responsáveis. Moradores do complexo disseram à AFP que não ouviram sirenes e tiveram de alertar vizinhos de porta em porta.

Esforço comunitário

Tang acrescentou que as investigações podem durar de três a quatro semanas. Durante a manhã, equipes de emergência retiraram vários corpos dos escombros. Eles foram levados para um necrotério próximo, onde as famílias devem fazer a identificação.

Este foi o incêndio com mais mortes em Hong Kong desde 1948, quando uma explosão matou ao menos 135 pessoas. A agência anticorrupção local abriu investigação sobre as obras de reforma no complexo. A polícia prendeu três homens suspeitos de negligência por deixarem embalagens de espuma no local.

O Departamento de Trabalho informou que fez 16 inspeções nas obras do Wang Fuk Court desde julho de 2024 e que emitiu advertências. A última inspeção foi realizada em 20 de novembro.O governo anunciou a inspeção urgente em todos os conjuntos habitacionais com obras e substituirá andaimes de bambu por estruturas metálicas.

Um fundo de US$ 38,5 milhões (R$ 206 milhões) será criado para ajudar as vítimas. Moradores se reuniram perto do complexo para organizar a ajuda. Postos de distribuição de roupas, alimentos e artigos para o lar foram instalados em uma praça pública, junto com cabines para atendimento médico e psicológico.

Corrupção

Uma comissão anunciou nesta sexta-feira a prisão de oito pessoas por supostos atos de corrupção ligados à obra de restauração do complexo residencial. A comissão anticorrupção informou em um comunicado que prendeu sete homens e uma mulher, com idades entre 40 e 63 anos, entre os quais dois responsáveis pelo gabinete de estudos encarregado da renovação, dois chefes de obras, três subcontratados de andaimes e um intermediário.

Com agências

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