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Igreja Católica dos EUA planeja disque-denúncia para vítimas de abusos

20 set 2018 - 10h44
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A Igreja Católica dos Estados Unidos planeja criar uma linha telefônica direta para receber denúncias de bispos que abusaram ou assediaram sexualmente de crianças ou adultos, em resposta a um crescente escândalo de assédio sexual nos mais altos escalões da instituição.

Ex-arcebispo de Washington Theodore McCarrick, que renunciou na esteira de alegações de abuso sexual 04/03/2013 REUTERS/Max Rossi
Ex-arcebispo de Washington Theodore McCarrick, que renunciou na esteira de alegações de abuso sexual 04/03/2013 REUTERS/Max Rossi
Foto: Reuters

O disque-denúncia foi uma das várias medidas anunciadas na quarta-feira por bispos dos EUA para tentarem reconquistar a confiança na hierarquia da Igreja no país depois das alegações recentes de que bispos abusaram de crianças e acobertaram décadas de crimes sexuais de padres.

"Alguns bispos, por suas ações ou falta de ações, causaram um grande dano a indivíduos e à Igreja", disse o comitê administrativo da Conferência de Bispos Católicos dos EUA (USCCB) em um comunicado.

"Eles usaram sua autoridade e poder para manipular e abusar sexualmente de outros. Eles permitiram que o medo do escândalo substituísse a preocupação e o cuidado genuínos com aqueles que foram vitimizados por seus abusadores".

A Igreja Católica enfrenta crises envolvendo abusos de menores de idade em todo o mundo. Nos EUA, o escândalo se concentrou em líderes da Igreja depois que o ex-arcebispo de Washington Theodore McCarrick renunciou do cargo de cardeal em julho na esteira de alegações de abuso sexual.

Em agosto o relatório de um grande júri da Pensilvânia alegou que bispos tentaram ocultar acusações segundo as quais cerca de 1 mil crianças e adultos foram abusados por 301 padres ao longo de 70 anos.

O disque-denúncia de "terceiras partes" permitirá que as pessoas denunciem o abuso sexual de um bispo contra um menor ou adulto e direcionará estas denúncias a autoridades civis e autoridades "apropriadas" da Igreja, informou o comunicado do USCCB.

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