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Hong Kong faz primeiras prisões após lei de segurança

Projeto motivou manifestações de ativistas pró-democracia

1 jul 2020 - 07h59
(atualizado às 10h50)
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A polícia de Hong Kong realizou nesta quarta-feira (1º) as primeiras prisões após a entrada em vigor da lei aprovada pela China com novas medidas de "segurança nacional" para o território semiautônomo.

Prisão de manifestante durante protesto contra lei de segurança nacional em Hong Kong
Prisão de manifestante durante protesto contra lei de segurança nacional em Hong Kong
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Milhares de manifestantes se reuniram na região comercial de Causeway Bay para protestar contra a lei e foram reprimidos com canhões de água e balas de borracha. Segundo as forças de ordem de Hong Kong, já foram efetuadas mais de 300 prisões.

As acusações vão desde manifestação ilegal até violação da nova lei de segurança nacional. A primeira detenção com base na normativa imposta pela China foi a de um homem que exibia uma bandeira de Hong Kong independente.

A controversa legislação permite a abertura de escritórios das agências chinesas de segurança nacional em Hong Kong, o que aumenta o controle de Pequim sobre o território. Além disso, pune os crimes de separatismo, subversão, terrorismo e colusão com forças estrangeiras com penas que vão de três anos de cadeia até prisão perpétua.

Nos casos mais graves, os suspeitos poderão ser transferidos para processo na China continental, hipótese que já havia sido o estopim dos protestos populares na cidade no ano passado. A transferência terá de ocorrer com o consenso do governo de Hong Kong, cuja eleição é controlada por Pequim.

Para manifestantes pró-democracia, a lei de segurança nacional representa o fim do status de semiautonomia vigente até então em Hong Kong, que foi devolvida pelo Reino Unido à China em 1997, com o princípio de "um país, dois sistemas".

Ansa - Brasil   
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