Helicóptero chinês chega a 3 metros de avião filipino em manobra perigosa na China
O avião filipino, que transportava jornalistas, manteve sua rota enquanto o helicóptero chinês pairava perigosamente próximo
A tensão no Mar do Sul da China aumentou após um helicóptero militar chinês se aproximar e ficar a apenas três metros de um avião da Agência de Pesca e Recursos Aquáticos das Filipinas, que realizava patrulhamento aéreo sobre o Atol de Scarborough. A manobra arriscada, registrada por jornalistas a bordo da aeronave filipina, levou o piloto a alertar por rádio: “Vocês estão voando muito perto, são muito perigosos e estão colocando em risco a vida da nossa tripulação e passageiros.”
Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal do Terra
O incidente ocorreu em meio ao céu nublado e durou cerca de 30 minutos, conforme o Australian Broadcasting Corporation (ABC). Durante esse período, o helicóptero chinês ora pairava sobre o avião, ora voava ao seu lado esquerdo, aparentemente tentando forçá-lo a deixar a área. Apesar da intimidação, a aeronave filipina seguiu com sua missão de monitoramento na região.
Helicóptero Z-9 da Marinha Chinesa se aproxima perigosamente de aeronave filipina durante voo de conscientização do domínio marítimo sobre o espaço aéreo territorial de Scarborough Shoal. pic.twitter.com/aK9OnofdFJ
— Cavok Aviation News (@cavokbr) February 18, 2025
Conflito diplomático e territorial
O governo das Filipinas anunciou que apresentará um protesto diplomático formal contra a China, condenando o que chamou de "ações agressivas e perigosas". Em nota, a Guarda Costeira Filipina e a Agência de Pesca reafirmaram que continuarão "defendendo nossa soberania, direitos soberanos e jurisdição marítima no Mar das Filipinas Ocidental, apesar das provocações da China."
Pequim, no entanto, rejeitou as acusações. O porta-voz militar Tian Junli afirmou que o avião filipino “invadiu ilegalmente o espaço aéreo chinês sobre a Ilha de Huangyan”, nome utilizado pela China para o Atol de Scarborough.
Ele também disse que unidades navais e aéreas chinesas "monitoraram, rastrearam, advertiram e expulsaram a aeronave conforme as leis e regulamentos", acusando Manila de "espalhar narrativas falsas" sobre o episódio.