Hamas anuncia cessar-fogo, mas Israel nega
Últimas 24 horas não tiveram confrontos na Faixa de Gaza
De acordo com o grupo armado palestino Hamas, um cessar-fogo com Israel, mediado pelo Egito, foi alcançado nesta quinta-feira (8), tendo como base a "calma mútua". O governo israelense, no entanto, nega a existência do acordo.
As autoridades do país de maioria judaica dizem que não pretendem realizar operações militares de grande escala nas próximas horas contra o Hamas, mas afirmam que "deram ordem ao exército para continuar utilizando a força contra os elementos terroristas em Gaza".
Apesar de negar o cessar-fogo, o governo suspendeu algumas medidas de segurança que foram ativadas depois dos ataques da última quarta-feira (9), como a restrição à circulação de trens entre as cidades de Sderot e Ashkelon e a proibição de acampamentos de verão na região da fronteira.
Na última quarta-feira (9), uma rajada de mísseis foi lançada da Faixa de Gaza em direção ao sul de Israel, ferindo 11 pessoas. Em resposta, o Exército Israelense realizou ataques aéreos a mais de 150 alvos militares, matando 3 pessoas e ferindo outras 12. "Compreendo o desejo do governo de negociar, mas Israel deve colocar fim ao terror com ajuda militar. Isso de entrar e sair da guerra é insano", disse Alon Davidi, prefeito de Sderot, cidade atingida pelos ataques da última quarta-feira (8).
Os Estados Unidos se disseram preocupados pela violência no Oriente Médio e condenaram o lançamento de mísseis contra Israel. "Apoiamos o pleno direito de Israel de se defender e de atuar para prevenir provocações desta natureza", disse a porta-voz do departamento de Estado, Heather Nauert.