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Guaidó faz apelo para que Reino Unido não libere ouro para Maduro

28 jan 2019 - 11h47
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O líder da oposição e autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, pediu às autoridades britânicas que não permitam que o presidente Nicolás Maduro tenha acesso a reservas de ouro guardadas no Banco da Inglaterra, banco central britânico, de acordo com cartas divulgadas por seu partido no domingo.

Autoproclamando presidente interino  da Venezuela, Juan Guaidó, e sua mulher, Fabiana Rosales
27/01/2019
REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
Autoproclamando presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, e sua mulher, Fabiana Rosales 27/01/2019 REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
Foto: Reuters

Maduro foi rejeitado por um grupo amplo de países que o acusam de minar a democracia, e um número crescente, entre eles Estados Unidos, Canadá, Brasil e outros países latino-americanos, vêm reconhecendo Guaidó como líder interino legítimo da conturbada nação integrante da Opep.

Desde o ano passado o governo Maduro vem tentando repatriar o ouro do Banco da Inglaterra por medo de que ele seja alvo de sanções internacionais contra sua gestão.

    As reservas saltaram para cerca de 1,3 bilhão de dólares depois que o Banco Central da Venezuela encerrou um acordo de troca de ouro com o Deutsche Bank, disseram fontes à Reuters na semana passada.

    Em cartas à primeira-ministra britânica, Theresa May, e ao presidente do Banco da Inglaterra, Mark Carney, Guaidó disse que autoridades do governo Maduro estão tentando vender o ouro e transferir os lucros para o Banco Central venezuelano.

    "Estou escrevendo para lhes pedir para impedir esta transação ilegítima", escreveu Guaidó. "Se o dinheiro for transferido... será usado pelo regime ilegítimo e cleptocrático de Nicolás Maduro para reprimir e brutalizar o povo venezuelano."

    O Banco da Inglaterra e o escritório de May não comentaram de imediato. Em outras ocasiões o BC britânico se recusou a comentar questões relativas ao ouro da Venezuela, citando o respeito à privacidade dos clientes.

    O Banco Central da Venezuela tampouco comentou de imediato.

    Perder o ouro seria um golpe considerável nas finanças de Caracas, minando sua capacidade de obter moeda forte crucial para importar itens que vão de alimentos e remédios a peças automobilísticas e eletrodomésticos.

    A Venezuela é vítima de uma hiperinflação que se aproxima dos dois milhões por cento anuais, e desde 2015 um colapso econômico abrangente vem impulsionando um êxodo que já chega a cerca de três milhões de pessoas.

    No domingo, o governo norte-americano disse que aceitou o membro da oposição Carlos Alfredo Vecchio como representante diplomático da Venezuela nos EUA.

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