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Juan Guaidó cancela ato após "ditadura" bloquear rotas

Líder da Assembleia Nacional da Venezuela cancelou ato que aconteceria em cidade no oeste venezuelano

28 abr 2019 - 17h23
(atualizado às 17h46)
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O líder da Assembleia Nacional da Venezuela, que é controlada pela oposição, Juan Guaidó, cancelou um ato marcado para ser realizado na quarta maior cidade do país neste domingo e alegou que a "ditadura" o impediu de acessar o município.

Guaidó tem viajado para fora da capital Caracas cada vez mais nas últimas semanas para pressionar o presidente Nicolás Maduro a renunciar. Em janeiro, ele invocou a constituição para assumir uma presidência interina, argumentando que a reeleição de Maduro em 2018 era ilegítima.

Juan Guaidó
01/04/2019
REUTERS/Manaure Quintero
Juan Guaidó 01/04/2019 REUTERS/Manaure Quintero
Foto: Reuters

Embora ele tenha relatado anteriormente atrasos ao chegar a cidades do interior do país devido a bloqueios nas estradas pelas forças armadas e por apoiadores de Maduro, o cancelamento do evento neste domingo na cidade de Barquisimeto, no oeste do país, não teve precedentes.

Protestos estão marcados para quarta-feira, 1º de maio, incluindo o que Guaidó disse que será "a maior marcha da história da Venezuela", parte do que ele chama de "fase definitiva" de seu esforço para convocar novas eleições.

"Hoje tivemos uma reunião planejada, vamos abraçar as ruas de Lara que se encheram de ponta a ponta", disse Guaidó em uma gravação de voz enviada por sua equipe de imprensa, referindo-se ao Estado de Lara, onde fica Barquisimeto. Ele disse que iria reagendar o evento para o próximo fim de semana e pediu aos apoiadores que se reúnam na quarta-feira.

"Hoje a ditadura bloqueou a estrada, a ditadura não nos permitiu chegar a Barquisimeto, mas não nos impedirá de nos encontrarmos."

Guaidó não forneceu mais detalhes sobre quem o bloqueou ou onde ocorreu o incidente. O Ministério da Informação da Venezuela, que administra as solicitações da imprensa junto ao governo, não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

Maduro chama Guaidó de fantoche apoiado pelos EUA, que tenta tirá-lo do país em um golpe. O governo prendeu seu principal assessor, tirou a imunidade parlamentar de Guaidó e abriu várias investigações. Também  proibiu o político oposicionista de deixar o país, algo que Guaidó tem violado abertamente desde o início deste ano.

Na semana passada, Guaidó disse que seu congressista aliado da oposição, Gilber Caro, havia sido detido e que 11 membros de sua equipe haviam sido convocados para comparecer perante a agência de inteligência Sebin.

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