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Governo alemão condena protesto de extrema-direita após assassinato

27 ago 2018 - 15h01
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A Alemanha não tolerará "justiceiros", disse o porta-voz da chanceler Angela Merkel nesta segunda-feira depois que centenas de manifestantes de extrema-direita realizaram um protesto violento em reação a uma morte por esfaqueamento que as autoridades atribuíram a um sírio e um iraquiano.

Manifestantes de direita protestam em Chemnitz
 27/8/2018   REUTERS/Matthias Rietschel
Manifestantes de direita protestam em Chemnitz 27/8/2018 REUTERS/Matthias Rietschel
Foto: Reuters

O protesto de domingo em Chemnitz, cidade do leste alemão, foi a manifestação mais recente de descontentamento desde que o governo Merkel acolheu cerca de um milhão de postulantes a asilo em 2015, provocando uma guinada da política alemã para a direita.

Canais de televisão transmitiram filmagens amadoras de skinheads perseguindo um homem de aparência estrangeira pelas ruas. Outros vídeos mostraram centenas de manifestantes gritando "nós somos o povo!", um slogan usado por manifestantes de extrema-direita.

A polícia disse que cerca de 800 manifestantes foram às ruas no domingo horas depois de um homem ser morto e duas outras pessoas ficarem feridas no esfaqueamento ocorrido de madrugada. Policiais locais estavam tentando evitar mais violência, já que novos protestos estavam marcados para a noite desta segunda-feira.

"Não toleramos tais assembleias ilegais e a perseguição de pessoas que parecem diferentes ou têm origens diferentes, e tentativas de espalhar ódio pelas ruas", disse o porta-voz de Merkel, Steffen Seibert, em um boletim de rotina à imprensa.

"Isso não tem vez em nossas cidades e nós, como governo alemão, o rejeitamos nos termos mais fortes", disse. "Nossa mensagem básica para Chemnitz e além é que na Alemanha não existe lugar para justiceiros, para grupos que querem espalhar ódio pelas ruas, para intolerância e para extremismo".

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