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Mundo

Filho de chefão da Cosa Nostra é preso a pedido do Brasil

Leonardo Badalamenti estava foragido desde 2017

5 ago 2020 - 09h13
(atualizado às 09h19)
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O filho de um antigo chefão da Cosa Nostra foi preso nesta quarta-feira (5), no sul da Itália, após um mandado de captura internacional emitido pela Justiça do Brasil.

Leonardo Badalamenti foi levado para penitenciária em Palermo
Leonardo Badalamenti foi levado para penitenciária em Palermo
Foto: Ansa / Ansa - Brasil

Leonardo Badalamenti, 60 anos, filho de Gaetano "Tano" Badalamenti (1923-2004), foi detido na casa de sua mãe em Castellammare del Golfo, município de 15 mil habitantes situado na ilha da Sicília, berço da Cosa Nostra.

Ele é acusado de associação criminosa ligada ao tráfico de drogas e falsidade ideológica. Seu pai foi um dos líderes da máfia siciliana na década de 1970 e o mandante do homicídio do ativista italiano Peppino Impastato, ocorrido em 9 de maio de 1978.

Badalamenti fugira para o Brasil durante a guerra pelo controle da Cosa Nostra deflagrada pelo clã de Corleone, liderado por Salvatore "Totò" Riina (1930-2017), e vivia no país com a identidade falsa de Carlos Massetti.

Ele chegou a ser detido em 2009, acusado de formação de quadrilha de caráter mafioso, corrupção e crimes financeiros, mas acabou liberado. Badalamenti estava foragido desde 2017, quando um tribunal de São Paulo (SP) emitiu um mandado de prisão contra ele.

O suspeito só foi identificado pela polícia italiana após um episódio insólito: mesmo foragido, ele invadiu na semana passada uma casa da família apreendida pela Prefeitura de Cinisi, vizinha a Castellammare del Golfo, e trocou a fechadura da porta para se reapropriar do imóvel. O caso atraiu a atenção da Arma dos Carabineiros, que descobriu que Massetti era, na verdade, Badalamenti.

"A prisão de Leonardo Badalamenti é uma importante notícia", comentou a senadora italiana de centro-esquerda Assuntela Messina, integrante da Comissão Parlamentar Antimáfia. Ele foi transferido para a penitenciária de Pagliarelli, em Palermo, onde aguardará a tramitação de um pedido de extradição para o Brasil.  

Ansa - Brasil   
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