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Sarkozy será julgado por corrupção e tráfico de influência

29 mar 2018 - 13h12
(atualizado às 13h22)
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Ex-presidente da França Nicolas Sarkozy 24/01/2018 REUTERS/Gonzalo Fuentes
Ex-presidente da França Nicolas Sarkozy 24/01/2018 REUTERS/Gonzalo Fuentes
Foto: Reuters

O ex-presidente da França Nicolas Sarkozy será julgado por acusações de que teria usado sua influência para obter acesso a detalhes vazados de um inquérito sobre supostas irregularidades em sua campanha eleitoral de 2007, informou uma fonte com conhecimento da investigação nesta quinta-feira.

Advogados de Sarkozy disseram que o ex-presidente irá recorrer à decisão, inicialmente reportada pelo jornal francês Le Monde.

"Nicolas Sarkozy vai... esperar calmamente o resultado da moção por uma declaração de nulidade. Ele não tem dúvidas que mais uma vez a verdade triunfará", disseram seus advogados em um comunicado. Seu apelo será ouvido em 25 de junho.

O caso foi iniciado depois que investigadores usaram grampos telefônicos para apurar alegações de que o falecido líder líbio Muammar Gaddafi teria fornecido recursos à campanha de Sarkozy e começaram a suspeitar de que o ex-presidente estava acompanhando um outro caso através de uma rede de informantes.

A decisão foi tomada pouco mais de uma semana depois que Sarkozy foi informado de que estava sendo formalmente tratado como suspeito na investigação sobre a campanha eleitoral.

Sarkozy foi presidente da França de 2007 a 2012, mas foi derrotado pelo socialista François Hollande quando concorreu à reeleição. Desde então, ele tem enfrentado uma série de investigações sobre suposta corrupção, fraude, favoritismo e irregularidades no financiamento de campanhas.

Os advogados de Sarkozy haviam argumentado anteriormente que os juízes investigando o suposto financiamento secreto líbio excederam seus poderes gravando as conversas do ex-presidente com eles entre setembro de 2013 e março de 2014, violando o sigilo entre advogado e cliente.

Com base nas intercepções, Sarkozy está sendo acusado de ter discutido oferecer uma promoção a um procurador em troca de informações sobre uma investigação que apurava acusações de que o ex-tesoureiro de seu partido e outros teriam explorado a fragilidade mental da então mulher mais rica da França, Liliane Bettencourt, para conseguir doações políticas em dinheiro.

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