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Europa

Snowden aceita oferta de asilo apresentada pela Venezuela

Informação foi dada pelo Twitter por um legislador russo

9 jul 2013 - 11h43
(atualizado às 15h03)
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Edward Snowden é acusado de espionagem, roubo e uso indevido de propriedade do governo dos EUA
Edward Snowden é acusado de espionagem, roubo e uso indevido de propriedade do governo dos EUA
Foto: AP

O ex-analista americano da inteligência Edward Snowden, que está há duas semanas bloqueado na zona de trânsito de um aeroporto de Moscou, aceitou a oferta de asilo político apresentada pelo governo da Venezuela, afirmou nesta terça-feira um influente legislador russo.

"Como era esperado, Snowden aceitou a oferta do presidente (venezuelano Nicolás) Maduro sobre asilo político", afirmou na rede Twitter o legislador Alexei Pushkov, presidente do comitê de Relações Exteriores na câmara baixa do Parlamento russo. "Aparentemente, esta opção pareceu ser a mais confiável para Snowden", acrescentou.

A mensagem de Pushkov sobre o eventual asilo de Snowden na Venezuela, no entanto, foi posteriormente retirada do Twitter. Simultaneamente, o porta-voz da Presidência russa, Mitry Peskov, evitou fazer qualquer comentário, e acrescentou que todas as preguntas devem ser feitas ao legislador.

Depois, Pushkov explicou, também via Twitter, que havia sido informado da resposta positiva de Snowden à oferta venezuelana de asilo ao acompanhar informações da televisão estatal russa Vesti 24. O legislador reformulou a mensagem original sobre a aceitação de Snowden, atribuindo a informação à rede de TV.

A rede Vesti 24 havia informado em seu site que a "Venezuela finalmente recebeu uma resposta do ex-agente da CIA", acrescentando que na segunda-feira Maduro teria realizado um contato telefônico com Snowden, mas não explicou as fontes destas informações.

O governo da Venezuela havia oferecido na semana passada asilo para Snowden, em um gesto que foi seguido pelas autoridades de Bolívia e Nicarágua.

Snowden, que está no centro de um escândalo internacional ao revelar a extensão da espionagem eletrônica e telefônica americana, havia enviado cartas pedindo asilo a cerca de vinte países, incluindo Venezuela.

Maduro chegou a afirmar à imprensa em Caracas que havia "recebido a carta com o pedido de asilo" de Snowden, e acrescentou que o ex-analista americano "deve decidir quando viajará, se finalmente desejar vir" à Venezuela.

Snowden não pode sair da zona de trânsito do aeroporto de Sheremetievo, já que seu passaporte americano foi revogado pelas autoridades de seu país, e não possui documentos que lhe permitam viajar.

Não existem voos diretos entre Moscou e Caracas, e a via mais curta entre as duas capitais inclui uma escala em Havana. Irina Danenberg, porta-voz da companhia aérea russa Aeroflot, disse não saber se Snowden estava no voo de Moscou a Havana que decolara na manhã desta terça. "Não tenho ideia disso", disse.

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AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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