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Papa Francisco

Conclave de 2005: Bento XVI foi eleito em 4 votações durante 2 dias

12 mar 2013 - 06h31
(atualizado às 06h32)
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<p>Em 2005, o então cardeal Ratzinger foi fotografado cumprimentando o papa João Paulo II, que morreria no mesmo ano</p>
Em 2005, o então cardeal Ratzinger foi fotografado cumprimentando o papa João Paulo II, que morreria no mesmo ano
Foto: Osservatore Romano / EFE

O último Conclave da Igreja Católica começou no dia 18 de abril de 2005 e terminou no dia seguinte com o anúncio da eleição do cardeal Joseph Ratzinger, então com 78 anos, para substituir o falecido João Paulo II. Os 115 cardeais que elegeram Bento XVI se reuniram 16 dias após a morte do “Papa peregrino” que ficou mais de 27 anos no Trono de Pedro. Ratzinger já era apontado como favorito para assumir a Igreja por sua proximidade com João Paulo II.

No dia 18 de abril as portas da Capela Cistina se fecharam e, até o meio do dia seguinte, a única comunicação com o mundo exterior foram quatro sinais de fumaça. Enquanto os cardeais votavam, centenas de pessoas faziam vigília na Praça São Pedro de olho na chaminé onde a fumaça anunciava o resultado da última votação. Por três vezes a fumaça era preta, indicando que novo Sumo Pontífice ainda não estava eleito.

“No primeiro dia ficamos calmos, pois é improvável sair o nome no primeiro dia. Mas partir do segundo dia a expectaria era grande e fazíamos vigília na praça para estarmos bem próximo aos cardeais, na oração”, afirma o padre Adeilson Santos, da Arquidiocese de Aracaju, no Sergipe. Na época, Santos estava em Roma trabalhando em uma paróquia nos Trastevere. “Estar em Roma foi uma grande graça de Deus, pois a espera do novo Papa nos leva a amar mais a igreja e consequentemente a minha vocação sacerdotal”, diz.

CONCLAVE DE ABRIL DE 2005
 CARDEAIS ELEITORES 115
Europa  58
América Latina  21
América do Norte  14
África  11
Ásia  11
Oceania  2

Antes da fumaça branca contrariar o ditado que diz que, num conclave, “quem entra papa sai cardeal”, o mundo olhou para o topo da Capela Cistina três vezes. Em uma delas, algumas emissoras de televisão que transmitiam imagens da pequena chaminé chegaram a anunciar que o novo papa estava eleito. A cor inicialmente cinza da fumaça enganou muita gente. “A cada momento quando a fumaça saía, todos ficávamos apreensivos, pois quando se está muito distante da praça é difícil discernir a cor”, lembra o padre Adeilson.

“Mas no dia 19 de abril de 2005, lembro-me como se fosse hoje: havíamos combinado com os jovens da paroquia para irmos juntos acompanhar a eleição do Papa e, para a nossa surpresa, a fumaça que saiu não era preta, mas também não era branca, causando uma serie de duvidas em todos”, conta. A angústia custou a passar. O relógio marcava 17h53 em Roma, 12h53 no Brasil. A cor da fumaça não era clara e os fiéis aguardavam que os sinos começassem a tocar para ter a confirmação. Isso só aconteceu às 18h05 (13h05 no Brasil), quase oito minutos depois, causando uma explosão de alegria entre os católicos que estavam na praça.

<p>Em 1981, Ratzinger passou a cumular cargos na Igreja Católica Romana</p>
Em 1981, Ratzinger passou a cumular cargos na Igreja Católica Romana
Foto: AP

“Imediatamente saímos para o Vaticano. Grande foi o congestionamento, mas nós fomos a pé, correndo para chegarmos na Praça São Pedro... Segundos depois ouvimos o anuncio do Papa Bento XVI”, conta Adilson. Menos de 40 minutos depois do badalar dos sinos confirmar que a Igreja Católica tinha um novo papa, veio o anúncio oficial, em latim: “Annuntio vobis gaudium magnum; Habemus Papam: Eminentissimum ac reverendissimum Dominum, Dominum Joseph, Sanctæ Romanæ Ecclesiæ Cardinalem Ratzinger... Qui sibi nomen imposuit Benedicto XVI”, anunciou o cardeal chileno Jorge Medina Estévez.

Imediatamente Bento XVI apareceu no balcão e fez, de improviso, o seu primeiro discurso como Sumo Pontífice. "Caros irmãos e irmãs, depois do grande Papa João Paulo II, os senhores cardeais me escolheram, eu, um simples e humilde trabalhador das vinhas do Senhor", foram suas primeiras palavras. "O fato de que o Senhor saiba trabalhar e agir também com instrumentos insuficientes me consola, e principalmente me entrego às suas orações, na felicidade do Cristo ressuscitado, confiando em Sua ajuda constante", completou.

O ritual deve ser exatamente o mesmo este ano, após os cardeais escolherem o substituto de Bento XVI. Há dúvidas, porém, sobre o tempo que a reunião pode durar. Nada que acontece dentro da Capela Cistina durante o conclave é divulgado. A fumaça que anuncia o resultado, inclusive, é produzida pela queima dos votos dos cardeais.

Fonte: Terra
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