Quase mil imigrantes chegam à Itália em cargueiro lotado

31 dez 2014 - 15h11

Quase mil imigrantes chegaram à Itália em um navio cargueiro nesta quarta-feira depois de a embarcação aparentemente ter sido abandonada pela sua tripulação no mar Adriático, informou a Cruz Vermelha italiana.

O cargueiro Blue Sky M, com estimados 900 imigrantes, chega ao porto de Gallipoli, no sul da Itália, nesta quarta-feira. 31/12/2014
Foto: Stringer / Reuters

Os imigrantes, principalmente sírios, estavam amontoados no Blue Sky M quando chegaram à Itália nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira, depois que o navio foi detectado pela primeira vez perto da costa de Corfu.

A Grécia enviou a Marinha e a Guarda Costeira com um helicóptero militar ao local na terça-feira, em resposta a um chamado de um possível incidente no navio de bandeira moldava.

Autoridades italianas foram levadas ao Blue Sky M depois que o cargueiro deixou as águas gregas para verificar se a embarcação poderia navegar com segurança. A Guarda Costeira disse que havia 970 pessoas a bordo quando o navio chegou à pequena cidade portuária de Gallipoli.

Equipes de emergência tiraram os imigrantes do frio congelante e os abrigaram numa tenda de hospital e em ônibus depois que chegaram. Após um relato equivocado da Cruz Vermelha de que havia quatro mortos, autoridades disseram que ninguém morreu.

A TV estatal grega informou na terça-feira que o alarme havia sido disparado porque homens armados estariam a bordo, mas os ministérios da Defesa e do Transporte não confirmaram a informação.

A Cruz Vermelha disse que o navio, que supostamente partiu da Turquia, tinha sido aparentemente abandonado no Estreito de Otranto, que separa a Itália da Albânia.

"O navio foi abandonado pela sua tripulação em águas abertas", disse a porta-voz da Cruz Vermelha Mimma Antonagi. "Se (as autoridades italianas) não tivessem ido a bordo, ele teria se chocado contra a costa."

A guerra civil na Síria e a anarquia na Líbia aumentaram o número de pessoas que atravessaram o mar Mediterrâneo em barcos frágeis neste ano. Muitas deles pagam aos contrabandistas de 1.000 a 2.000 dólares para viajar.

(Por Isla Binnie, com reportagem adicional de Vincenzo Damiani, em Bari)

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