Polícia recolhe ao menos 300 imigrantes que vivem nas ruas de Paris
Cerca de 300 migrantes foram retirados na manhã desta quarta-feira (5) dos acampamentos onde dormiam na capital francesa.
Cerca de 300 migrantes foram retirados na manhã desta quarta-feira (5) dos acampamentos onde dormiam na capital francesa.
Três ônibus com destino a três cidades do interior foram mobilizados para transportar os migrantes para acomodações temporárias.
A evacuação ocorreu pacificamente sob supervisão da polícia.
Alguns moradores dos acampamentos já haviam saído antes do início da operação, enquanto várias pessoas, incluindo famílias, vieram de outros locais na esperança de serem realocadas. Esse foi o caso de May, de 33 anos, que preferiu não divulgar seu sobrenome. A sudanesa, que possui situação legal regularizada, estava dormindo no aeroporto internacional Charles de Gaulle há duas semanas com sua filha de 11 anos.
"Precisamos ficar em Paris porque minha filha vai à escola e eu estou procurando emprego", explicou a refugiada. Os desabrigados, em sua maioria jovens e algumas famílias, esperaram por várias horas, orientados por membros das organizações Médicos do Mundo, Utopia 56 e France Terre d'Asile.
Três ônibus adicionais foram mobilizados para transportar pessoas com contratos de trabalho na região de Paris para acomodações na área.
Ali, um afegão de 23 anos com situação legal regularizada, que vive no acampamento há um mês, esperava embarcar em um desses ônibus: "Não posso sair de Paris, tenho um emprego aqui", explicou. Apesar de trabalhar como segurança, seus esforços para encontrar moradia têm sido em vão.
"Não está funcionando"
Ao meio-dia, barracas já haviam sido montadas novamente em uma estação de metrô no norte de Paris, observou a organização Médicos do Mundo. "Estimamos que 150 pessoas ficaram sem alternativa", afirmou Paul Alauzy, porta-voz da organização.
"Estamos nos aproximando da 500ª operação semelhante desde 2015, e não está funcionando. Há acampamentos aqui desde 2022. As pessoas continuam vivendo em condições indignas", lamentou.
Com AFP
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