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Europa

Polícia húngara indicia 4 por morte de 71 refugiados em caminhão

12 out 2016 - 11h28
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A polícia da Hungria indiciou por homicídio quatro dos oito detidos pela morte por asfixia de 71 refugiados em um caminhão frigorífico que foi abandonado em uma estrada no sul da Áustria em agosto de 2015.

Zoltán Boross, diretor da Unidade contra a Imigração Ilegal do Departamento Nacional de Investigações, explicou à imprensa nesta quarta-feira que os detidos se encontram em prisão preventiva, enquanto outras três pessoas são alvos de um mandado de apreensão europeu.

O descobrimento dos 71 refugiados mortos causou grande comoção na Europa, dias antes de Alemanha e Áustria terem decidido em 4 e 5 de setembro abrir suas fronteiras para a chegada de solicitantes de asilo.

Na Hungria, o tráfico de pessoas pode ser punido com até 16 anos de prisão, enquanto o homicídio pode acarretar uma pena de prisão perpétua. As autoridades ainda não informaram quando começará o julgamento.

O caminhão frigorífico saiu em 27 de agosto dos arredores da cidade de Kecskemét em direção a Budapeste, para depois seguir rumo à Áustria.

As investigações esclareceram que as quatro crianças, oito mulheres e 59 homens que viajavam no caminhão morreram devido a uma longa e permanente escassez de oxigênio três horas após saírem de Kecskemét, por isso a polícia calcula que a tragédia tenha ocorrido perto de Budapeste.

O caminhão foi encontrado por agentes austríacos estacionado na beira da estrada nos arredores da fronteira com a Hungria. O grupo criminoso era liderado por um cidadão afegão e integrado por um búlgaro-libanês e outros nove búlgaros, a maioria motoristas.

Entre os acusados, "alguns confessaram sua participação e outros negaram tudo", acrescentou o policial, que lembrou que a "cobiça do grupo era tão grande" que outro dia "encheram mais outro caminhão, com 64 imigrantes".

A tragédia ocorreu quando a Hungria era uma região de passagem para centenas de milhares de refugiados que queriam chegar à Europa Ocidental, principalmente a Áustria, Alemanha ou Suécia.

EFE   
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