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Europa

Polícia de Londres prende mais de 10 após ataque terrorista

4 jun 2017 - 13h10
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As detenções ocorreram no subúrbio de Barking, a 15 quilômetros de distância da London Bridge e do Borough Market, palcos do atentado.
As detenções ocorreram no subúrbio de Barking, a 15 quilômetros de distância da London Bridge e do Borough Market, palcos do atentado.
Foto: EFE

A Polícia Metropolitana de Londres prendeu neste domingo (4) 12 pessoas suspeitas de envolvimento com o ataque terrorista do último sábado (3), que deixou sete mortos e 48 feridos.

As detenções ocorreram no subúrbio de Barking, a 15 quilômetros de distância da London Bridge e do Borough Market, palcos do atentado. A Scotland Yard também fez uma operação de busca no apartamento onde vivia um dos terroristas, também em Barking.

"É um momento difícil, entendo que o povo sinta medo. Gostaria que os londrinos e os turistas permanecessem calmos, vigilantes e atentos", disse a comandante da corporação, Cressida Dick, em uma coletiva de imprensa neste domingo.

O ataque começou às 22h08, quando uma van branca atropelou pedestres na London Bridge. Em seguida, os suspeitos desceram do carro e se dirigiram para o Borough Market, a 500 metros de distância.

Nesse momento, algumas pessoas foram esfaqueadas, incluindo um agente da Polícia fora de serviço, que não corre risco de morrer. Os agressores foram abatidos rapidamente - da primeira chamada para as autoridades até a morte deles transcorreram apenas oito minutos.

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, anunciou que um cidadão do país está entre as sete vítimas do atentado. Dos 48 feridos, 36 continuam internados, e 21 estão em estado grave.

"Na noite passada, nosso país foi vítima de um brutal ataque terrorista. A Polícia respondeu com grande coragem e um grande espírito, os agressores foram mortos depois de oito minutos do início do ataque", declarou neste domingo a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May.

Esse foi o terceiro atentado em solo britânico em menos de três meses: os outros foram o atropelamento na ponte de Westminster, em Londres, com cinco mortos, no dia 22 de março, e a explosão em uma casa de shows em Manchester, em 22 de maio, com 22 vítimas. Todos ocorreram sob o governo de May.

"Os ataques não estão correlacionados, mas estamos frente a uma nova tendência: terrorismo atrai terrorismo, e os agressores se inspiram em outros agressores", acrescentou a premier, que prometeu uma resposta dura ao extremismo islâmico. "Quando chega, chega. As coisas devem mudar", disse.

Ainda não se sabe a autoria da ação deste sábado, mas sua dinâmica lembra os recentes ataques com caminhões em Nice (França), Berlim (Alemanha), Estocolmo (Suécia) e na própria ponte de Westminster, todos reivindicados pelo Estado Islâmico (EI).

Eleições

O atentado ocorreu a menos de uma semana das eleições gerais de 8 de junho, quando os britânicos escolherão seu próximo primeiro-ministro, e em um momento particularmente delicado para May, que vinha caindo nas pesquisas.

Nas redes sociais, uma campanha com a hashtag #postponetheelection ("adiem as eleições") pede a mudança da data do pleito, ideia já descartada pelo governo. Os principais partidos suspenderam a campanha neste domingo, mas devem retomá-la na segunda-feira (5).

Em junho de 2016, o Reino Unido já havia sido alvo de um ataque às vésperas de uma votação, a do plebiscito sobre a permanência do país na União Europeia. Na ocasião, a deputada europeísta Jo Cox foi assassinada por um militante de extrema direita. 

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