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Paris homenageia vítimas do terrorismo 10 anos após atentados de 13 de novembro

As homenagens dos 10 anos dos atentados de Paris começaram na manhã desta quinta-feira (13) no Stade de France, em Seine-Saint-Denis, na região parisiense, onde ocorreu o primeiro ataque do comando jihadista. Três homens-bomba explodiram na porta do estádio, onde acontecia um amistoso entre França e Alemanha.

13 nov 2025 - 11h18
(atualizado às 11h27)
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A cerimônia teve a presença de autoridades e da família de Manuel Dias, o primeiro dos 130 mortos de 13 de novembro de 2015. "Jamais esqueceremos. Sempre nos dizem para virar a página dez anos depois, mas a ausência é imensa", declarou, em um discurso comovente, sua filha Sophie Dias. 

O presidente da associação de vítimas Life for Paris, Arthur Dénouveaux, a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, o presidente da França, Emmanuel Macron, a presidente da Assembleia Nacional Francesa, Yaël Braun-Pivet, o primeiro-ministro francês, Sébastien Lecornu, a esposa do presidente francês, Brigitte Macron, e o ministro do Interior da França, Laurent Nuñez, prestam homenagem às vítimas em frente ao bar “Le Comptoir Voltaire", alvo do comando jihadista de 13 de novembro.
O presidente da associação de vítimas Life for Paris, Arthur Dénouveaux, a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, o presidente da França, Emmanuel Macron, a presidente da Assembleia Nacional Francesa, Yaël Braun-Pivet, o primeiro-ministro francês, Sébastien Lecornu, a esposa do presidente francês, Brigitte Macron, e o ministro do Interior da França, Laurent Nuñez, prestam homenagem às vítimas em frente ao bar “Le Comptoir Voltaire", alvo do comando jihadista de 13 de novembro.
Foto: AFP - LUDOVIC MARIN / RFI

Após a homenagem no Stade de France, vítimas, familiares dos mortos nos ataques e políticos se reuniram nos locais que foram alvo dos jihadistas, no coração da capital francesa. Em frente aos bares Carillon, Petit Cambodge, Bonne Bière, Comptoir Voltaire e Belle Équipe, situados nos 10º e 11º distritos de Paris, foram lidos os nomes das 39 vítimas, e flores foram depositadas para homenageá-las, após vários minutos de silêncio.

As cerimônias continuarão à tarde diante da casa de shows Bataclan, onde 90 pessoas foram assassinadas. Na sexta-feira, 13 de novembro de 2015, a França foi atingida por uma série de ataques jihadistas - os maiores de sua história - coordenados pelo grupo Estado Islâmico (EI), que escolheu como alvos um jogo de futebol, um show de rock e bares e restaurantes. 

A homenagem nacional às 132 vítimas — dois sobreviventes do Bataclan cometeram suicídio desde então —, às suas famílias e aos sobreviventes, terminará com a inauguração, às 18h no horário local, de um jardim memorial no perto da Prefeitura da capital. A cerimônia terá a participação do presidente francês, Emmanuel Macron, que visitará cada um dos locais dos ataques e deverá pronunciar um discurso no fim do dia. 

"10 anos. A dor permanece. Fraternalmente, pelas vidas ceifadas, pelos feridos, pelas famílias e pelos parentes. A França se lembra", escreveu Macron em uma breve mensagem publicada na rede social X.

O jardim já está aberto ao público e tem grandes lápides e blocos de granito, que lembram os diferentes locais atingidos. A cerimônia, organizada por Thierry Reboul, responsável pela abertura dos Jogos Olímpicos de 2024, será transmitida ao vivo pela televisão e projetada em um telão na Praça da República, em Paris. No local, que se tornou um memorial improvisado há dez anos, os parisienses depositaram flores, velas e mensagens. 

Na noite desta quinta-feira, os sinos da Notre-Dame de Paris e das igrejas da capital também vão soar "entre 17h57 e 18h02", anunciou a diocese. "Missas e vigílias acontecem em várias paróquias", acrescentou o arcebispo de Paris, Laurent Ulrich. 

'Todos juntos'

"O objetivo este ano é dizer que continuamos juntos, devemos celebrar nossos mortos, mas também a força da nossa República e da nossa cultura: os terroristas não venceram naquela noite", diz Arthur Dénouveaux, sobrevivente do Bataclan e presidente da associação de vítimas 'Life for Paris'. "Ficamos de pé durante 10 anos, estaremos de pé nesta quinta-feira. Esta cerimônia será também um ato de resistência", afirmou Philippe Duperron, presidente da associação "13onze15". 

François Molins, que era procurador-geral de Paris na época dos ataques, acredita que o atendimento às vítimas poderia ter sido melhor. "Acho que poderíamos e deveríamos ter feito muito melhor. Houve famílias que vagaram por horas e horas em Paris à procura de seus entes queridos. Mas era o caos, fizemos o que pudemos. Ninguém esperava que um ataque terrorista desses pudesse acontecer", acrescentou. 

A vigilância em Paris foi reforçada durante as comemorações oficiais. A ameaça terrorista continua elevada, segundo o ministro do Interior, Laurent Nuñez, que lembrou, em entrevista ao canal BFMTV/RMC, que "seis atentados" foram evitados desde o início do ano. 

Desde os atentados de 13 de novembro, o Fundo de Garantia das Vítimas de Atos de Terrorismo (FGTI) atendeu "3.033 vítimas" diretas e indiretas, das quais "99%" receberam uma proposta de indenização definitiva, de acordo com um comunicado divulgado pela entidade. 

Com agências

RFI A RFI é uma rádio francesa e agência de notícias que transmite para o mundo todo em francês e em outros 15 idiomas.
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