ONU terá força-tarefa de segurança aérea após queda do MH17
OACI, a indústria da aviação e outros grupos do setor disseram que irão analisar como as informações de segurança podem ser recolhidas e distribuídas corretamente
A agência de aviação civil da Organização das Nações Unidas afirmou nesta terça-feira que irá formar rapidamente um grupo de trabalho sobre segurança aérea, observando que, embora isso seja algo complexo e politicamente sensível, medidas urgentes têm de ser tomadas após a recente derrubada de um avião de passageiros da Malásia em território ucraniano. A Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), a indústria da aviação e outros grupos do setor disseram que irão analisar como as informações de segurança podem ser recolhidas e distribuídas corretamente.
Países ocidentais, que acreditam que rebeldes pró-Rússia derrubaram o avião da Malaysia Airlines usando um míssil fornecido pela Rússia, concordaram nesta terça-feira em impor sanções mais amplas contra a economia russa. O avião que operava o voo MH17 caiu no leste da Ucrânia neste mês. Todas as 298 pessoas a bordo morreram, o que levou parte da indústria a pressionar a OACI, que tem 191 países membros, a desempenhar um papel mais importante no aconselhamento de companhias aéreas sobre os riscos à segurança.
A OACI tem atualmente um papel limitado e não pode abrir ou fechar um espaço aéreo. A questão de ver o que poderá ser feito para aumentar a segurança "é muito urgente", disse o secretário-geral da agência, Raymond Benjamin, em entrevista coletiva.
A agência vai convocar uma conferência de segurança de alto nível em fevereiro de 2015 para discutir o assunto, disse ele. Os participantes, no entanto, mostraram pouco entusiasmo em reformular radicalmente a OACI para dar à agência o poder de fechar um espaço aéreo, já que países são responsáveis pelo seu próprio espaço aéreo.
"Reconhecemos a necessidade essencial de obter dados e informações que possam afetar a segurança dos nossos passageiros e tripulantes", disseram os participantes em um comunicado. "Esta é uma área de coordenação internacional muito complexa e politicamente sensível, envolvendo não só a regulação e os procedimentos da aviação civil, mas também da segurança nacional e do Estado e atividades de coleta de dados de inteligência."
Dar à OACI ou a outra agência a tarefa de alertar sobre os riscos a companhias aéreas em zonas de conflito significaria pedir aos Estados que compartilhassem informações confidenciais sobre seus assuntos militares e políticos.
Destroços do Boeing 777 da Malaysia Airlines que caiu com 295 pessoas à bordo próximo ao vilarejo de Grabovo, na região de Donetsk, na Ucrânia
Foto: Maxim Zmeyev / Reuters
Destroços caíram na Ucrânia nesta quinta-feira
Foto: Maxim Zmeyev / Reuters
Um conselheiro do ministro do Interior da Ucrânia informou que a aeronave foi derrubada por um míssil disparado por separatistas
Foto: Maxim Zmeyev / Reuters
Um funcionário dos serviços de emergência disse que pelo menos 100 corpos foram encontrados
Foto: Maxim Zmeyev / Reuters
A polícia e os bombeiros estão no local para atender a ocorrência
Foto: Maxim Zmeyev / Reuters
Em comunicado oficial, a Boeing se colocou à disposição das autoridades na investigação do acidente
Foto: Dominique Faget / AFP
Destroços do avião estão espalhados pelo vilarejo de Grabovo
Foto: Dominique Faget / AFP
Entre os mortos haveria 23 cidadãos americanos, mas ainda não há informação sobre as demais nacionalidades
Foto: Maxim Zmeyev / Reuters
Em 8 de março deste ano, um outro avião da Malaysia Airlines que decolou de Kuala Lampur em direção à Pequim, com 239 pessoas a bordo, desapareceu dos radares
Foto: Dmitry Lovetsky / AP
Um dos focos de fogo do avião da Malaysia Airliness que caiu nesta quinta
Foto: Dmitry Lovetsky / AP
Seguranças do Aeroporto internacional de Kuala Lumpur, na Malásia procuravam informações do voo que vinha de Amesterdã
Foto: Vincent Thian / AP
A entrada da Malaysia Airlines está fechada no Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur
Foto: Olivia Harris / Reuters
Após o acidente, o posto de atendimento da Malaysia Airliness fechou em Amesterdã, na Holanda
Foto: Olaf Kraav / AFP
O presidente da Ucrânia,Petro Poroshenko afirmou ter convicção de que se trata de um "ato terrorista"
Foto: Mykola Lazarenko / Reuters
Este é o segundo avião da empresa que desaparece dos radares nos últimos meses
Foto: Tomas Manan Vatsyayana / AFP
Avião da Malaysia desaparece na Ucrânia perto da Rússia
Foto: Tomas Bartkowiak / Reuters
Em imagem, avião da Malaysia Airlines é fotografado enquanto levanta voo
Foto: FRED NEELEMAN / AFP
Separatista é visto sobre destroços do avião, na Ucrânia
Foto: Maxim Zmeyev / Reuters
Mulher põe flores na entrada do aeroporto de Schipol, em Amsterdã, um dia após a tragédia com o avião da Malaysia
Foto: Dominique Faget /AFP
Homem usa celular para registrar os destroços do avião da Malaysia Airlines que caiu na Ucrânia após ser atingido por um míssil
Foto: Dominique Faget /AFP
Um funcionário do resgate demarca locais em que corpos das vítimas foram encontrados na área em que o avião da Malaysia caiu
Foto: Dominique Faget /AFP
Soldado pró-Rússia encontra um brinquedo entre os destroços do avião da Malaysia Airlines
Foto: Dmitry Lovetsky/AP
Soldados pró-Rússia resguardam a área em que caiu o avião da Malaysia Airlines
Foto: Dmitry Lovetsky/AP
Um representante da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa acompanha os trabalhos de resgate perto de destroços do avião da Malaysia que caiu na Ucrânia
Foto: Dmitry Lovetsky/AP
Separatistas pró-Rússia reúnem pertences de passageiros do avião que caiu na Ucrânia
Foto: Maxim Zmeyev/Reuters
Pertences de passageiros encontrados na área em que caiu o avião da Malaysia na Ucrânia
Foto: Maxim Zmeyev/Reuters
Pertences de passageiros encontrados na área em que caiu o avião da Malaysia na Ucrânia
Foto: Maxim Zmeyev/Reuters
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em pronunciamento sobre o desastre do avião da Malaysia; Obama disse que o míssil partiu de um território controlado por separatistas pró-Rússia
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