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Europa

Megaoperação britânica prende 660 por pedofilia

Cerca de 400 crianças foram colocadas sob proteção policial; apenas 39 já tinham passagem pela polícia por pedofilia

16 jul 2014 - 08h29
(atualizado às 09h16)
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Agência disse que buscou pedófilos tanto na internet aberta quanto na chamada internet 'oculta'
Foto: BBC

Autoridades britânicas anunciaram a prisão de 660 pessoas por pedofilia, na maior operação deste tipo já conduzida no país.

Segundo a Agência Nacional de Combate ao Crime (NCA, na sigla em inglês), entre os presos estão médicos, professores, escoteiros e ex-policiais. Apenas 39 deles já tinham passagem pela polícia por pedofilia.

Um dos suspeitos tem 17 netos e netas – duas dessas crianças vinham sendo abusadas pelo avô, disseram as autoridades. Outro preso tomava conta de uma criança de 12 anos de idade.

Cerca de 400 crianças foram colocadas sob proteção policial como resultado da operação.

Foram mobilizados 140 investigadores da agência - criada no ano passado para combater crimes graves e quadrilhas - e pelo menos 23 policiais, que vasculharam 833 propriedades e mais de 9 mil computadores, telefones e discos rígidos.

A operação cobriu tanto o conteúdo em circulação tanto na internet aberta quanto na chamada 'internet oculta' - que usa softwares sofisticados para evitar a identificação dos usuários.

"Algumas pessoas que começam acessando imagens indecentes online terminam abusando as crianças diretamente. Portanto essa operação não é só uma questão de prender quem já cometeu uma ofensa, mas dissuadir possíveis criminosos antes que eles ultrapassem essa linha", disse o vice-diretor da NCA, Phil Gormley.

Gormley creditou o sucesso da investigação ao compartilhamento e a coordenação de recursos de inteligência, e disse que ficou "horrorizado" com o que a operação revelou sobre "a natureza humana".

"Precisamos, como sociedade, entender como vamos confrontar esse problema", afirmou o investigador.

Segundo as autoridades, o crescimento multiplicou o número de imagens de conteúdo pedófilo em circulação, de dezenas de milhares há 20 anos para dezenas de milhões hoje em dia.

A agência fez questão de dizer que nenhum político foi preso hoje, já que existe uma investigação em curso para apurar abusos facilitados por parlamentares na década de 1980.

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