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Europa

May indica filho de paquistaneses como ministro do Interior

30 abr 2018 - 09h08
(atualizado às 09h38)
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A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, nomeou Sajid Javid como seu novo ministro do Interior nesta segunda-feira (30), promovendo o ex-banqueiro para tentar conter um escândalo ligado à imigração que ameaça sua autoridade.

Novo secretário do Interior britânico, Sajid Javid 30/04/2018 REUTERS/Toby Melville
Novo secretário do Interior britânico, Sajid Javid 30/04/2018 REUTERS/Toby Melville
Foto: Reuters

Filho de imigrantes paquistaneses, Javid tentou apaziguar a revolta de minorias étnicas com as metas imigratórias britânicas durante o final de semana dizendo que sua própria família poderia ter sido um alvo e que o governo está trabalhando duro para "acertar as coisas".

Primeiro parlamentar da comunidade negra, asiática e etnicamente minoritária do Reino Unido a assumir o posto, Javid também pode alterar o equilíbrio da principal equipe de negociação de May a cargo do processo de desfiliação do país da União Europeia.

Javid, defensor pouco expressivo da permanência no bloco, substituiu Amber Rudd, uma das vozes mais pró-Europa do gabinete. Ele disse que o resultado do referendo de 2016 significa que "de certa forma, todos nós somos a favor do Brexit (saída britânica da UEA) agora".

Javid disse que se encarregará de que a política imigratória britânica seja justa e trate as pessoas com respeito.

Muitos membros do Partido Conservador de May saudaram a nomeação -- Liz Truss, a ministra do Tesouro, escreveu no Twitter que Javid "é eficiente, pragmático e corajoso".

Outros foram menos elogiosos, e uma fonte do partido governista disse sob condição de anonimato que as palavras de Javid ao jornal Sunday Telegraph descrevendo sua reação ao escândalo foram uma maneira óbvia de cortejar a vaga. "Cuidado com o que você deseja", disse a fonte.

A nomeação de Javid veio poucas horas após Amber ser obrigada a renunciar depois de admitir em uma carta a May que "enganou inadvertidamente" um comitê parlamentar na quarta-feira passada negando que o governo tenha metas para a deportação de imigrantes ilegais.

May aceitou a renúncia, um golpe duro para a premiê por se tratar de uma de suas maiores aliadas e também para parlamentares conservadores que querem manter os laços mais estreitos possíveis com a UE após o Brexit.

Mas Amber agora pode se juntar a outros parlamentares conservadores pró-UE, reduzindo ainda mais a força de May no Parlamento, onde ela perdeu a maioria de sua sigla em uma eleição mal calculada no ano passado.

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