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Europa

Manifestantes interrompem homenagem a Polanski em Paris

Diretor franco-polonês recebeu novas acusações de estupro.

31 out 2017 - 13h12
(atualizado às 13h22)
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Manifestantes interromperam a abertura de uma retrospectiva do trabalho de Roman Polanski em Paris, após surgirem novas alegações de estupro contra o diretor franco-polonês.

Manifestantes protestam contra diretor Roman Polanski em Paris
30/10/2017
REUTERS/Charles Platiau
Manifestantes protestam contra diretor Roman Polanski em Paris 30/10/2017 REUTERS/Charles Platiau
Foto: Reuters

Cerca de 80 manifestantes se reuniram do lado de fora da Cinémathèque Française, que exibirá filmes de Polanski no próximo mês, bateram em janelas e carregaram cartazes com dizeres como "Se estupro é arte, dê a Polanski todos os Césars", em referência ao prêmio cinematográfico francês.

Duas participantes do grupo Femen exibiram brevemente os seios e gritaram "sem honras para estupradores" na presença de Polanski, antes de serem removidas por seguranças.

Polanski, que precisou entrar pela porta dos fundos do prédio, iria apresentar seu novo filme "Based on a True Story" durante o evento.

No início desse mês, procuradores suíços informaram que a ex-atriz e modelo Renate Langer disse a autoridades que Polanski a estuprou em seu chalé nas montanhas em 1972, quando ela tinha 15 anos.

Renate é uma das quatro mulheres que acusaram publicamente Polanski, de 84 anos, de agredi-las sexualmente quando eram adolescentes.

Polanski, diretor de filmes clássicos como "O Bebê de Rosemary", "O Pianista" e "Deus da Carnificina", fugiu de uma condenação nos Estados Unidos em 1978 por ter tido relações sexuais ilícitas com Samantha Geimer, então com 13 anos, em 1977, em Los Angeles, um caso em que se declarou culpado na época.

"Polanski não tem lugar em uma homenagem organizada por uma instituição cultural pública na França. Ele deveria estar em um Tribunal de Justiça dos EUA", disse Raphaelle Remy-Leleu, porta-voz de um grupo feminista, à televisão francesa CNews.

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