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Europa

Jornalistas sequestrados na Síria voltam à França

Após 10 meses em cativeiro, jornalistas conseguiram voltar para seu país

20 abr 2014 - 15h37
(atualizado às 18h36)
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Jornalistas sequestrados na Síria são recebidos por Hollande:

Quatro jornalistas franceses mantidos em cativeiro na Síria por mais de 10 meses voltaram para a França neste domingo, onde foram recebidos em uma base aérea pelo presidente do país, François Hollande, suas famílias e amigos.

Nicolas Hénin, Pierre Torres, Edouard Elias e Didier François sorriram para a multidão de jornalistas, alguns deles colegas, depois de descerem de um helicóptero militar na base aérea de Villacoublay, no sudoeste de Paris.

"É uma grande alegria e um imenso alívio, obviamente, estar livre. Sob o céu, que não víamos há muito tempo, respirar o ar fresco, caminhar livremente", disse Didier François, repórter veterano do grupo Europe 1, em um improvisado discurso ao lado de seus colegas e Hollande.

Autoridades francesas revelaram poucos detalhes da libertação deles, mas a agência de notícias Dogan, da Turquia, afirmou que um grupo desconhecido transportou os jornalistas na noite de sexta-feira até a fronteira sudeste da Turquia, onde foram descobertos por soldados turcos.

Depois de se identificarem como jornalistas, o grupo foi levado para a sede da polícia na província de Sanliurfa e examinado por médicos, confirmaram as autoridades turcas.

Hénin disse a repórteres na pista da base aérea que os quatro "nem sempre" foram bem tratados e que tinham sido muitas vezes transferidos de um lugar para outro por seus sequestradores.

Visivelmente emocionado e ao lado de seus dois filhos pequenos, ele disse que a parte mais difícil foi a separação da família. "Qual é a melhor coisa para um pai? Ter seus dois filhos em seus braços", afirmou Hénin.

As autoridades francesas não identificaram os sequestradores dos jornalistas, mas a agência Dogan afirmou que eram do grupo rebelde Estado Islâmico do Iraque e do Levante.

O ministro das Relações Exteriores francês, Laurent Fabius, que também estava na pista da base aérea para cumprimentar os jornalistas, disse à iTele que a França não pagou um resgate.

Outros 20 reféns de todo o mundo, nenhum deles francês, permanecem na Síria, estimou o chanceler. François e o fotógrafo do Europa 1 Elias foram sequestrados no início de junho a caminho de Aleppo. Hénin, que trabalha para a revista Le Point, e Torres, para o canal de televisão franco-alemão Arte, foram sequestrados no fim de junho, mas a França não anunciou o sequestro deles até outubro.

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