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Oriente Médio

Freira diz que cristãos são mortos por crucificação na Síria

Enquanto a guerra civil cria espaço para massacres cometidos por todas as partes, a minoria cristã se posiciona a favor do regime de Bashar al-Assad

18 abr 2014 - 18h42
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<p>R&aacute;dio Vaticano publicou entrevista com freira nesta Sexta-feira Santa, dia que a Igreja lembra a crucifica&ccedil;&atilde;o de Cristo pelo mundo. Na foto, a encena&ccedil;&atilde;o da&nbsp;Paix&atilde;o de Cristo em Barcarena (PA)</p>
Rádio Vaticano publicou entrevista com freira nesta Sexta-feira Santa, dia que a Igreja lembra a crucificação de Cristo pelo mundo. Na foto, a encenação da Paixão de Cristo em Barcarena (PA)
Foto: Thiago Gomes/Futura Press

Cristãos que se recusaram a professar a fé muçulmana ou pagar resgate foram crucificados por jihadistas nesta sexta-feira na Síria, denunciou uma freira síria à Rádio Vaticano.

De acordo com a irmã Raghid, ex-diretora da escola do patriarcado grego-católico de Damasco, e que agora vive na França, "em cidades ou vilas ocupadas por elementos armados, os jihadistas e todos os grupos extremistas muçulmanos oferecem aos cristãos a shahada (a fé muçulmana) ou a morte. Em alguns casos pediram resgate".

"Por ser impossível renunciar à sua fé, sofreram o martírio. E o martírio de uma maneira extremamente desumana, de extrema violência. Em Maalula, por exemplo, crucificaram dois jovens porque eles recusaram a shahada". "Em outra ocasião, um jovem foi crucificado em frente a seu pai, que foi morto em seguida. Isso aconteceu em Abra, na zona industrial na periferia de Damasco", relatou.

De acordo com ela, depois dos massacres, os jihadistas "pegaram as cabeças das vítimas e jogaram futebol com elas", e ainda levaram os bebês das mulheres e "os penduraram em árvores com os seus cordões umbilicais".

A Rádio Vaticano publicou esta entrevista nesta Sexta-feira Santa, dia que a Igreja lembra a crucificação de Cristo em Jerusalém. Enquanto a guerra civil cria espaço para massacres cometidos por todas as partes, a minoria cristã se posiciona a favor do regime de Bashar al-Assad, temendo justamente os islâmicos.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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