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Guerra na Ucrânia: Zelensky rejeita plano de paz de Trump e enfrenta ameaças de Putin

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, rejeitou nesta sexta-feira (21) o plano dos Estados Unidos para encerrar quase quatro anos da guerra com a Rússia. Do outro lado do conflito, o líder russo, Vladimir Putin, respondeu com a ameaça de continuar a ofensiva caso a Ucrânia se recuse a aceitar a proposta.

21 nov 2025 - 17h06
(atualizado às 17h21)
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"A Ucrânia pode enfrentar uma escolha muito difícil: a perda da dignidade ou o risco de perder um parceiro fundamental", disse Zelensky em um pronunciamento em vídeo à nação, acrescentando que o país está atravessando "um dos momentos mais difíceis de sua história".

Em Moscou, Putin declarou que o plano norte-americano poderia "servir como base para uma solução pacífica definitiva" para o conflito que começou em 2022. Ele disse estar pronto para "discussões aprofundadas sobre todos os detalhes" do texto elaborado por Washington.

Donald Trump afirmou que 27 de novembro, Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos, era um prazo "apropriado" para receber uma resposta ao documento de 28 pontos, que incorpora diversas exigências russas e, portanto, é percebido por muitos em Kiev e por diversos líderes europeus como uma forma de capitulação.

Caso a Ucrânia rejeite a proposta, "os eventos ocorridos em Kupyansk inevitavelmente se repetirão em outros setores-chave da frente de batalha", ameaçou Putin, referindo-se à cidade no leste da Ucrânia cuja captura foi reivindicada por seu exército na quinta-feira (20).

"Uma paz digna"

Veículos de comunicação divulgaram essas 28 propostas, apoiadas pelo presidente dos EUA, que exigem que Kiev ceda território à Rússia, renuncie à OTAN, reduza suas forças armadas e realize eleições imediatamente em seguida.

As propostas norte-americanas prenunciam "uma vida sem liberdade, sem dignidade, sem justiça. Apresentarei argumentos, tentarei persuadir, proporei alternativas (...) Jamais trairei meu juramento de lealdade à Ucrânia", disse Zelensky.

Em seguida, ele conversou sobre o plano com o vice-presidente dos EUA, JD Vance, assegurando-lhe que "continua a respeitar" o desejo de Donald Trump de pôr fim à guerra. O presidente ucraniano também realizou consultas de emergência com os líderes de países aliados na Europa.

"Estamos trabalhando no documento preparado pelo lado norte-americano" para "garantir uma paz real e digna para a Ucrânia", disse Zelensky na rede social X após uma conversa telefônica com Emmanuel Macron, presidente da França, Keir Starmer, primeiro-ministro britânico, e Friedrich Merz, chanceler alemão.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também manifestou seu apoio a Kiev dizendo que "nada deve ser decidido sobre a Ucrânia sem a Ucrânia".

Na véspera de uma reunião do G20 em Joanesburgo (África do Sul), o secretário-geral da ONU, António Guterres, declarou que qualquer "solução de paz" para o país deve respeitar sua "integridade territorial".

(Com AFP)

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