EUA pede à Ucrânia que permita protestos e evite repressão
O governo dos Estados Unidos exortou nesta sexta-feira as autoridades da Ucrânia a permitir os protestos previstos para este final de semana em Kiev, e evitar confrontos entre a polícia e os manifestantes. "É imperativo que as manifestações deste final de semana possam ser realizadas de forma pacífica", disse a porta-voz do departamento de Estado Marie Harf sobre os protestos convocados para a manhã de domingo em Kiev pela oposição ao presidente Viktor Yanukovich.
"É claro que vamos permanecer atentos ao que vai ocorrer nos próximos dias". O senador republicano e ex-candidato presidencial John McCain estará neste final de semana em Kiev para manifestar seu apoio à oposição, mas se reunirá com representantes de todas as partes em conflito, informou seu porta-voz, Brian Rogers.
Na quarta-feira, a polícia de choque tentou retirar, sem sucesso, os milhares de manifestantes que ocupam a Praça da Independência, no centro de Kiev, para exigir a demissão do presidente Yanukovich. Nesta sexta-feira, a oposição aceitou negociar com Yanukovich, que ofereceu anistia aos manifestantes detidos, mas qualificou a iniciativa do governo de "simulação".
Os protestos - sem precedentes na Ucrânia desde a Revolução Laranja de 2004 - começaram por causa da rejeição das autoridades em assinar um acordo de associação com a União Europeia no final de novembro para se aproximar da Rússia. A oposição exige a saída do governo e a assinatura de um acordo de associação com a UE, suspenso abruptamente por Yanukovich.
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