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Europa

Cameron tira 12 homens do gabinete e abre caminho a mulheres

Mudanças visam descolar do Partido Conservador sua imagem "masculina, pálida e sem graça"

15 jul 2014 - 08h40
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Secretária de Estado do Trabalho, Esther McVey permaneceu na pasta, mas agora vai sentar-se no gabinete, como parte da maior reforma ministerial já realizada pelo premiê britânico David Cameron
Foto: Suzanne Plunkett / Reuters

Na maior reforma já realizada em seu governo, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, tirou 12 homens mais velhos do gabinete para abrir espaço para mulheres.

Pensando nas eleições do ano que vem, as mudanças iniciadas nesta segunda-feira visam descolar do Partido Conservador sua imagem "masculina, pálida e sem graça", segundo o editor de política da BBC News Norman Smith.

O jornal britânico The Guardian disse que houve um "abate de ministros homens", enquanto o The Telegraph viu um "abate de homens brancos de meia idade". Já o Financial Times falou em promoção de "rostos novos e femininos". 

O Partido Conservador, liderado pelo premiê, está atrás do Partido Trabalhista nas pesquisas eleitorais.

Entre os nomes já anunciados para o gabinete estão Nicky Morgan, a nova secretária de Educação, que é maratonista e mãe, e Liz Truss, de 38 anos, que ocupará a pasta do Meio Ambiente.

De acordo com os conservadores, a ideia da reforma é que sejam promovidos "rostos e vozes que representem melhor a Grã-Bretanha contemporânea".

Também devem ser alçadas ao gabinete pessoas mais jovens e "sotaques regionais".

Os novos ocupantes das pastas serão anunciados nesta terça-feira.

Os trabalhistas chamaram a reforma de "o massacre dos moderados".

Eurocéticos

Entre os que saíram está o ministro das Relações Exteriores, William Hague. Ele pediu demissão e deve continuar no gabinete como líder da Câmara dos Comuns.

Hague será substituído pelo atual secretário de Defesa, Philip Hammond, que já disse que votaria pela saída da Grã-Bretanha da União Europeia caso o governo não conseguisse mudanças em negociações futuras.

Outro "eurocético" que subirá com a reforma é o atual secretário da Educação Michael Gove, que ficará responsável por garantir os interesses do governo na relação com o Parlamento.

Gove também já disse que votaria pela saída da União Europeia se um referendo fosse realizado nas condições atuais.

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