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Mundo

'EUA não quer guerra contra Irã', diz secretário de Estado

Mike Pompeo fez visita à Rússia em meio a tensão com Teerã

14 mai 2019 - 19h47
(atualizado às 20h05)
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O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, afirmou nesta terça-feira (14) que os EUA não querem uma guerra contra o Irã.

Putin recebe Mike Pompeo em Sóchi, na Rússia
Putin recebe Mike Pompeo em Sóchi, na Rússia
Foto: EPA / Ansa - Brasil

A declaração foi dada durante a primeira visita oficial de Pompeo à Rússia e em meio à escalada da tensão entre Washington e Teerã. "Nós fundamentalmente não buscamos uma guerra contra o Irã", garantiu o secretário de Estado, após uma reunião com o ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, em Sóchi.

Poucas horas antes, o jornal The New York Times revelara um suposto plano do Pentágono para enviar até 120 mil soldados ao Oriente Médio caso Teerã ataque forças americanas ou tente desenvolver armas nucleares.

A notícia foi desmentida pelo presidente Donald Trump, mas refletiria os desejos da ala liderada pelo conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, que em governos anteriores defendera uma intervenção militar no Irã.

O líder supremo do país persa, aiatolá Ali Khamenei, também buscou esfriar a tensão e disse que "não haverá nenhuma guerra" com os EUA. Até o momento, Washington já anunciou o envio de uma frota de navios guiada pelo porta-aviões Abraham Lincoln, de uma esquadra de bombardeiros B52, de um navio anfíbio e de uma bateria de mísseis à região.

Na última segunda-feira (13), a Arábia Saudita, maior rival do Irã no Oriente Médio, denunciou uma "sabotagem" contra dois navios petroleiros na costa dos Emirados Árabes Unidos, mas não há provas concretas do envolvimento iraniano na ação.

Rússia

A crise com o Irã foi tema da visita de Pompeo à Rússia, durante a qual ele também se reuniu com o presidente Vladimir Putin. Segundo o Kremlin, a política de máxima pressão contra Teerã "nunca produz bons resultados".

Além disso, Moscou culpou Washington pela atual escalada da tensão, embora diga que ainda há margem para "um acordo".

Ansa - Brasil   
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