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EUA e Coreia do Sul adiam exercícios militares

4 jan 2018 - 14h16
(atualizado às 14h55)
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Exercícios militares realizados pela Coreia do Sul e Estados Unidos perto da fronteira com a Coreia do Norte em 2017
Exercícios militares realizados pela Coreia do Sul e Estados Unidos perto da fronteira com a Coreia do Norte em 2017
Foto: Getty Images

O governo de Donald Trump aceitou adiar os exercícios militares anuais com a Coreia do Sul para depois dos Jogos Olímpicos de Inverno de PyeongChang, que acontecerão entre 9 e 25 de fevereiro de 2018.

A medida pode frear a escalada da tensão com a Coreia do Norte, após um ano de troca de ameaças entre Washington e Pyongyang.

Segundo o porta-voz do Pentágono, Rob Manning, Trump concordou com o adiamento, pedido pelo presidente sul-coreano, Moon Jae-in.

Nos últimos dias, as duas Coreias deram passos significativos para congelar a tensão na península, como a reabertura do canal de comunicação entre Seul e Pyongyang, que estava bloqueado havia quase dois anos.

Em sua mensagem de fim de ano, em 31 de dezembro, Kim Jong-un, em uma rara declaração amistosa, desejou "sinceramente" que os Jogos de PyeongChang tenham "resultados positivos". O pronunciamento fez a Coreia do Sul abrir as portas para uma eventual participação de Pyongyang nas Olimpíadas de Inverno.

PyeongChang fica a pouco mais de 100 quilômetros da fronteira com a Coreia do Norte, e há nos Estados Unidos o temor de que Kim Jong-un se aproveite do evento para fazer novas provocações.

No Twitter, Trump tentou atribuir para si a retomada do diálogo na península. "Alguém realmente acredita que as conversas e o diálogo estariam ocorrendo agora se eu não tivesse sido firme, forte e disposto a usar toda a nossa força contra o Norte? Tolos, mas as conversas são uma coisa boa", escreveu o presidente, um dia depois de ter dito que tem um "botão nuclear maior e mais poderoso" que o de Kim.

Ao longo de 2017, a Coreia do Norte realizou um intenso programa armamentista, com o maior teste nuclear de sua história e o lançamento de três mísseis intercontinentais, o último deles em novembro. A comunidade internacional reagiu com sanções econômicas contra Pyongyang, insuficientes para conter os objetivos militares do país.

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